Bem Viver!

Uma ajuda para decifrar o check-up

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Quem nunca ouviu de algum conhecido: “preciso fazer um check-up?”. O termo é utilizado como referência a uma bateria de exames para verificar se há algum problema com o organismo. Entretanto, não se trata de um exame rotineiro, para ser feito anualmente. Médicos solicitam um check-up com periodicidade variável, para mera checagem ou para verificar se o paciente apresenta as condições ideais para se submeter a uma cirurgia ou atividade específica, por exemplo.

O médico patologista Emilio Granato explica que o check-up é uma espécie de rastreamento que busca identificar alguma alteração bioquímica ou laboratorial em pacientes aparentemente saudáveis:

– Sintoma é aquilo que o paciente sente. Sinal é aquilo que o médico, ao examinar, encontra. O check-up vai rastrear o que não é sentido pelo paciente nem visto pelo médico. O objetivo é detectar precocemente alterações que podem indicar o desenvolvimento de alguma doença. Antigamente, o diagnóstico vinha com sintomas e sinais; hoje é possível diagnosticar antes que eles apareçam.

Granato reforça que mesmo exames de sangue não apresentam resultados conclusivos para o diagnóstico final, ou seja, todos aqueles resultados devem, obrigatoriamente, ser interpretados por um médico. Outros fatores compõem a equação do diagnóstico, como histórico, hábitos, fatores de risco e imagens. 

– O resultado de exames laboratoriais é parte de uma avaliação médica maior. Um resultado acima ou abaixo dos valores de referência não significa doença. Aquele valor pode ser o daquele paciente em específico – esclarece.

Por isso, não adianta passar por todos os exames e não levar os resultados ao médico porque os resultados estão dentro da faixa dos valores de referência. Do mesmo modo, resultados divergentes não são motivo para pânico.

Colesterol: nem vilão, nem mocinho

Muita gente tem calafrios ao escutar a palavra colesterol. O nefrologista e clínico geral Pedro Pinheiro, responsável pelo site MD. Saúde, explica que o colesterol é uma espécie de gordura presente em todas as células do nosso corpo. Sua função é mais do que causar preocupações: o colesterol atua na síntese de hormônios, na produção da bile, na digestão de alimentos gordurosos e na metabolização de vitaminas, entre outras funções.

Engana-se, também, quem pensa que colesterol vem apenas de alimentos – nosso corpo também é produtor da substância. Quando falamos em colesterol, nos referimos à soma do colesterol bom (HDL) e do ruim (LDL e VLDL). E por que, afinal, um colesterol é bom e outro é ruim? Pinheiro explica que as siglas citadas acima se referem, na verdade, às lipoproteínas responsáveis por transportar o colesterol pelo organismo através da corrente sanguínea. O LDL transporta colesterol e triglicerídeos do sangue para os tecidos; o VLDL faz o mesmo caminho, mas transporta mais triglicerídeos e menos colesterol; Já o HDL realiza o trajeto inverso: retira o colesterol dos tecidos e devolve para o fígado, que vai eliminá-lo no intestino. Ficou claro agora?

Entenda os exames que seu médico pediu

É simples: enquanto o LDL e o VLDL carregam colesterol para as células, facilitando o acúmulo de gordura nos vasos, o HDL retira o excesso de colesterol. Por isso, os dois primeiros são os vilões e o terceiro é o mocinho. Quando testar o colesterol, ou seja, a quantia de gordura presente no sangue e  no organismo, lembre-se que o mais importante são os valores separados de HDL, LDL e VLDL. – Em síntese, quanto mais alto for o HDL, melhor. Porém, os valores variam conforme a faixa etária. E é importante lembrar que mesmo valores de LDL muito baixos não são recomendáveis, pois indicam problemas nutricionais – explica o patologista Emilio Granato. &n"

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