vida de árbitro

Antes do reconhecimento, árbitros percorrem um longo caminho

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Talvez eles não estejam entre as principais figuras do jogo. Com certeza, são poucos os que torcem por eles - só amigos e familiares. Entretanto, muitas vezes, conforme suas decisões, eles definem partidas e o rumo de campeonatos. Estamos falando dos árbitros, pessoas que representam a autoridade máxima dentro de campo ou quadra, em todas as modalidades esportivas. Passa por eles a confirmação do gol, do impedimento e o item possivelmente mais complicado: a interpretação do lance. Seja uma falta marcada, um pênalti, um puxão, um toque de bola na mão, a reclamação é constante. O que é verdade para um, nem sempre é a mesma para outro, e tudo deve ser definido em uma fração de segundos.

Os árbitros geralmente são vaiados desde a chegada ao estádio até o momento em que vão embora. Para quem olha de longe, o conceito simplificado é de que não podem errar, mas todo humano erra. E como eles ficam? E quando a dúvida surge logo no início da partida? Como seguir até o fim do tempo regulamentar sem lembrar da falha cometida e que isso não influencie numa posterior decisão? Não é uma vida fácil.

O Diário foi conversar com sete santa-marienses ligados a arbitragem, em diferentes níveis, funções, modalidades e graus de cobrança. Nessa reportagem, vamos contar a história de árbitros já consagrados como Anderson Daronco, e outros que estão em ascensão e almejam saltos maiores. Também traremos a realidade financeira da arbitragem. Quanto ganham por jogo? E quem quer seguir a carreira de árbitro, como deve proceder? Serão expostas também as dificuldades e a periculosidade de arbitrar no futebol amador.

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Ele é referência na arbitragem

Não há como negar que a condição alcançada pelo santa-mariense Anderson Daronco dentro da arbitragem serve como incentivo para inúmeros jovens que simpatizam pelo apito e o têm como uma referência. O árbitro Fifa de 38 anos, formado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), apita desde 1999. No início, ele desempenhava a função de assistente, o popular bandeirinha. Ao longo da trajetória, Daronco foi se destacando e alcançou o escudo da CBF, em 2008, e desde 2015 faz parte do quadro da Fifa. 

- Os meus primeiros objetivos quando comecei eram apitar no Bento Freitas, na Boca do Lobo, locais que bem ou mal eu tinha condições de estar. Eu ter chegado à 1ª Divisão, na minha época, foi meio que um milagre. A minha Copa do Mundo era apitar em Bagé, Santana do Livramento, São Gabriel, Uruguaiana, Cachoeira do Sul. Hoje, me sinto realizado. Apareço na televisão e certos gestuais passam a ser seguidos e as minhas atuações acabam sendo um exemplo para aqueles que estão vindo e vão me substituir - diz.

Anderson Daronco vive exclusivamente da arbitragem e leva no currículo mais de 700 partidas oficiais. Foram seis clássicos Gre-Nais apitados por ele, além de Corinthians e Palmeiras, Palmeiras e São Paulo, São Paulo e Santos, Athletico-PR e Coritiba, Atlético-MG e Cruzeiro, Vasco e Flamengo, Flamengo e Botafogo, Ponte Preta e Guarani, e fora do Brasil, River Plate e Independiente, Racing e River Plate, e claro, o Rio-Nal, clássico de sua cidade natal. Na Série A do Campeonato Brasileiro são 130 jogos. 

- Falta só apitar Mundial, seja na categoria que for e Jogos Olímpicos também não apitei - comenta Daronco, que revela que a primeira partida profissional foi em 2004, entre Farroupilha e Guarany de Bagé, na então Série B, atualmente chamada de Divisão de Acesso.

Em meio a tantas experiências, Daronco elege a partida entre Equador e Argentina, válida pelas Eliminatórias para a Copa de 2018, como a mais importante da carreira. (foto acima)

Dificuldades 

Fora todos os xingamentos "tradicionais" quando entram em campo, os árbitros são os únicos envolvidos com o espetáculo que, em nenhum momento são aplaudidos. E existem outros percalços também. 

- A rotina do árbitro é pesada. Conciliar a vida pessoal com a necessidade de estar bem fisicamente demanda uma energia muito grande e em algum momento a conta vai chegar. Nos últimos quatro ou cinco anos não tive período de descanso. Meu ano termina na segunda quinzena de dezembro e na primeira semana de janeiro já tem teste físico. E do árbitro se exige 100% desde o início da temporada - afirma o santa-mariense.

Momentos de indisposições, discussões e até riscos e ameaças, fazem parte da rotina, ainda mais de um árbitro conhecido por estar presente em grandes jogos.

- Passo por inúmeras situações em viagens, aeroportos. O árbitro é uma figura exposta. Já aconteceram embates quando torcedores questionaram uma decisão tomada por mim em campo, discussões em restaurantes, uma piadinha. Isso é constante. E muitas vezes devolvo na mesma moeda, porque não sou obrigado a ficar escutando sem dizer nada. Se um cara me mandar longe, eu mando ele também. E pode publicar isso. Quer me xingar, vai no estádio, mas não vem me cobrar na rua, abrir a janela do carro, gritar, e depois ir embora - conta Daronco.

O árbitro revela que procura preservar familiares, esposa e filhos, pois seguidamente eles recebem xingamentos através das redes sociais.

- Na tela de um computador ou de um celular, infelizmente, as pessoas criam uma coragem que não teriam e perdem a noção da convivência em sociedade, pois há o sentimento que no futebol se pode tudo - complementa.


Árbitro de vídeo e Copa do Mundo

A recente implementação do árbitro de vídeo nos principais jogos do futebol brasileiro gera bastante debate sobre o que melhorou ou não no quesito transcorrer do espetáculo.

- O discurso da profissionalização saiu de foco e chegou a polêmica do VAR. Com certeza ele veio para ajudar e não é uma ferramenta para o árbitro. Veio para corrigir alguns erros cometidos, não vai zerar a quantidade de equívocos, mas há uma necessidade de paciência. O VAR não vai funcionar como a imprensa e o torcedor quer e sim como a Fifa estipulou que tem que ser - opina Daronco.

Sobre ser o árbitro brasileiro na Copa do Mundo do Catar, em 2022, Anderson Daronco afirma que depende muito do que transcorrer até lá, mas ele prefere não alimentar tal sonho a fim de evitar uma eventual frustração. O santa-mariense se vê na disputa com o goiano Wilton Pereira Sampaio e com o paulista Raphael Claus.

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Um árbitro polivalente

Futebol de campo, futebol sete, futsal, basquete, handebol, voleibol e atletismo. Seja na condição de árbitro, assistente ou mesário, Luiz Carlos Lemos, 49 anos, hoje, vive exclusivamente de arbitrar. Alternando essa diversidade de modalidades, o ex-funcionário público tem compromisso com o apito praticamente todos os dias. Desde o início da década de 2010, ele integra o quadro dos responsáveis por comandar os Jogos Escolares de Santa Maria (Jesma) e os Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (Jergs).

- Eu optei por ser árbitro. Eu era funcionário público em um município aqui da região, saí de lá, me qualifiquei em diferentes modalidades que eu não estava qualificado até então, e atualmente vivo disso. Trabalho para a Associação Central de Árbitros (Acasm). É feita uma escala diária de trabalho e eu preencho essas vagas que são disponibilizadas - explica Lemos.

O ex-funcionário público reforça que encara a arbitragem como sua única profissão. Ele afirma que é apaixonado pelo que faz.

- Eu arbitrava apenas futsal e futebol de campo. Não é uma profissão regulamentada ainda. Mas, eu faço porque gosto. Estou sempre me qualificando e me atualizando. Todas as reciclagens necessárias eu vou atrás. Cuido muito da minha forma física, corro, faço academia. Minha profissão é a arbitragem. Nos sábados apito jogos das competições da Associação do Futebol de Veteranos (Afuvesma) e no domingo sempre tem algo de categorias de base ou do amador - relata.


Árbitro foi em agredido em jogo do futebol amador em 2017

Infelizmente boa parte dos árbitros já foram agredidos. É um risco que caminha junto com a profissão e é comum que praticamente todos envolvidos com o meio tenham uma história para contar de um acontecimento indesejável. Com Lemos não é diferente. Em 2017, na final da 16ª Copa dos Campeões, tradicional competição do futebol amador de Santa Maria, ele sofreu inúmeras agressões de cerca de 30 pessoas.

- Foi numa final de Copa dos Campeões lá no Estádio dos Eucaliptos, jogo entre Sport e Vila Esperança. Eu fui agredido, quebraram o meu nariz, tive escoriações. Mas, foi uma experiência onde das coisas ruins se retira algum aprendizado. Aprendi que em determinadas competições tu tens que ter uma sensibilidade maior para se dirigir aos atletas, marcar ou não algumas faltas. Foi um episódio marcante na minha vida como cidadão e também como árbitro - afirma Lemos.

Com riqueza de detalhes, o árbitro descreve o lance que gerou o momento mais triste de sua carreira. Ele admite que se posicionou de forma errada e por isso não viu o lance.

- Era uma falta na intermediária e me posicionei de forma incorreta. Marquei a distância da barreira e estava olhando para a área tentando minimizar o empurra-empurra. Nesse momento, a falta foi cobrada e acertou a mão de um dos componentes da barreira e eu estava de costas, não vi. No contra-ataque, o time que interceptou o cruzamento acabou fazendo o gol e gerou toda uma confusão. Foi um erro meu e de todo o trio de arbitragem que não me informou sobre a infração - explica Lemos.

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Eles estão em ascensão na carreira

Como abordamos em diversos pontos desta reportagem especial, a trajetória de um árbitro se dá aos poucos, passo a passo. As oportunidades em grandes jogos surgem gradativamente e só seguem nos planos da FGF aqueles que demonstram personalidade, vão bem quando colocados em situações complicadas e acabam saindo despercebidos. O educador físico Rafael Klein está entre os emergentes. Natural de Poço das Antas, cidade localizada no Vale do Taquari, ele mora em Santa Maria desde 2009, quando veio estudar na UFSM. Atualmente, ele integra a denominada escala B estadual e foi nome presente como quarto árbitro em inúmeros jogos do Campeonato Gaúcho deste ano. Seguindo a linha, em breve, deve receber mais oportunidades.

Estudioso e dedicado a parte física, até pela formação que tem na área, Klein é professor nas Escolas Medianeira e G10 e dá aula de futebol em escolinhas para alunos dos 4 aos 17 anos. Ele descreve parte de sua promissora carreira.

- Eu comecei a integrar jogos através da Asaf, de Santa Maria, mesmo ano em que fiz o curso da Federação, e em 2014, 2015 e 2016, recebi a chance de participar da Copa Santiago, onde vivi partidas internacionais de alta complexidade. Em 2014, apitei o "Rio-Nal dos colchões", clássico que acabou tendo grande visibilidade. Ali fiz uma grande atuação e as portas foram se abrindo - conta Klein.

No futuro bem próximo, possivelmente já na próxima temporada, Klein poderá receber a chance de apitar jogos da elite do Campeonato Gaúcho.

- Dentro das perspectivas, os primeiros ranqueados da letra B fazem quarto árbitro no Gauchão. Fui escalado em cinco partidas como reserva em 2018 e neste ano foram oito jogos. E tudo isso é uma experiência muito positiva. Ao longo dos jogos, a imagem e a postura do quarto árbitro vão sendo analisadas. Os clubes e os jogadores vão te conhecendo e passar por esse período de amadurecimento é bastante importante. Observar a atuação dos mais experientes é sempre uma escola e eu tento fazer o meu melhor sempre em busca do próximo degrau, que é apitar jogos da Série A do Gauchão - afirma Klein.

A assistente 

Desde o início dos anos 2000, as mulheres têm marcado presença na arbitragem, principalmente na função de assistente. Na atualidade, a cruz-altense Maíra Mastella Moreira, 26 anos, é uma das referências na função no Rio Grande do Sul. Formada em Educação Física pela UFSM, ela divide a função de personal trainer com os treinamentos visando se manter na classe A dos árbitros gaúchos. Ela faz parte também do quadro nacional e está apta a participar de partidas da Série D. O interesse em comandar jogos surgiu ainda na vida acadêmica, quando fez trabalhos sobre as mulheres na arbitragem. 

- Fui influenciada pelo meu pai que acompanha muito futebol, e no curso de Educação Física, através de trabalhos que fiz, comecei a me imaginar trabalhando na arbitragem. Em 2013, realizei o curso da Federação e no ano seguinte comecei a atuar. Em 2017, fiz meu primeiro jogo na Série A do Campeonato Gaúcho, que foi Juventude e Ypiranga, de Erechim, no Alfredo Jaconi - conta Maíra, que foi assistente também em quatro confrontos do Campeonato Estadual de 2018 e esteve em mais sete jogos nesta temporada.

De acordo com a assistente, apesar de considerar que a mulher é bem mais cobrada em caso de erro do que o homem, até por estar em menor número, ela não presenciou nenhuma ocorrência de preconceito explícito até o momento.

- Não me apego as coisas negativas. É sempre complicado fazer teu trabalho e estar recebendo xingamentos, mas dentro do campo não tenho experiências ruins para contar. É claro que existem casos e casos, mas percebo até um cuidado maior e bastante respeito das pessoas ao lidarem comigo, até por ser mulher as vezes acontece o contrário. O pessoal acaba sendo educado - avalia Maíra.

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Os Diegos comandam no futsal

O futsal é um dos esportes mais praticados no Brasil. Dentro desta modalidade, Santa Maria possui nomes que se destacam no quadro de arbitragem a nível regional e também estadual e nacional. São os casos dos Diegos, Menezes e Goldani, que trilham carreiras vitoriosas.

Menezes, 34 anos, conquistou o escudo da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) neste ano e teve a oportunidade de comandar dois jogos da Assoeva, de Venâncio Aires, na Liga Nacional de Futsal, contra os paranaenses do Pato Branco e do Marreco.

Menezes vive um momento de reconhecimento.

- São 19 anos de arbitragem, mas é uma vida complicada. O árbitro tem toda uma caminhada. Tu não faz o curso hoje e amanhã já sai apitando uma Liga Nacional. É uma escada para ir subindo até chegar onde quer - comenta Menezes.

Conforme ele, que concilia o apito com a profissão de técnico em artes gráficas, seu primeiro jogo na Série Ouro foi em 2009, entre Uri, de Santiago, e ACBF. Desde então, para chegar no estágio que se encontra atualmente, ele manteve atuações seguras e aos poucos está ascendendo na carreira.


Escudo da CBFS 

Já Diego Goldani é aspirante à CBFS. Ele está a um passo de receber oportunidades semelhantes às do amigo Menezes. Goldani tem 30 anos e é natural de Santa Maria. Formado em Educação Física Licenciatura e Bacharelado tem, pelo menos, 12 anos de experiência no apito. Quando começou, circulava também no futebol de campo e futebol sete, mas foi no futsal que encontrou o foco principal. 

- Apitei as primeiras vezes sem compromisso e acabei me apaixonando. Sou apto para atuar nas três modalidades (campo, sete e salão), mas atualmente meu caminho é o salão, pois foi onde recebei mais oportunidades. Ser árbitro não é fácil, pois as vezes atletas e torcedores têm na cabeça que saímos de casa para prejudicá-los, ou favorecer A ou B, mas isso não acontece. Somos xingados e por isso que digo que só quem ama a arbitragem para seguir. Ser árbitro é viciante - avalia Goldani, que já comandou decisões do Estadual Feminino de Futsal.

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Após 29 anos de arbitragem profissional, hoje, Gilmar coordena os colegas

Gilmar Nunes dos Santos foi árbitro profissional durante 29 anos. Hoje, apita apenas no amador, e é diretor-técnico da Associação Santamariense de Árbitros de Futebol (Asaf), responsável por definir as escalas para diversas competições esportivas de Santa Maria e região.

- Geralmente, através da Asaf são indicados nomes para a realização do curso de árbitros da FGF. Mas há um dado interessante. O curso é iniciado com 60 árbitros, desse número, 30 a 40 apenas conseguem se formar. E diminui ainda mais. Quando muito, 10 viram árbitros efetivamente. Muita gente acaba descobrindo que não era aquilo que queria. Vi muito isso ao longo da minha trajetória - conta Gilmar.

De acordo com Gilmar, em 2004, era permitido apenas um árbitro representando cada sub-sede do interior, e em Santa Maria, era ele o representante. No entanto, havia um então jovem promissor, que ele brinca, acabou ocupando o seu lugar e daí partiu para o estrelato na arbitragem. Era Anderson Daronco, que passou a ser o "número 1 da cidade" dentro da FGF.

Experiente na função, que sempre dividiu com a profissão de comerciário, Gilmar afirma que para ser árbitro é necessário foco e preparação.

- É uma vida de privações. Tu não podes ir em festa, tu tens que pensar no jogo que vai acontecer no final de semana. Testes físicos são constantemente realizados. Mas, tem também o outro lado, o glamour, o reconhecimento, os veículos de comunicação te procurando - complementa.

O que precisa para ser árbitro:

Amador 

Não se exige curso, apenas conhecimento de regra  
Curso do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio Grande do Sul (Safergs)
Prepara, dá orientação, explica a regra, dá diploma, mas não credencia para apitar em competições estaduais
Custa em torno R$ 370
Dura cerca de quatro finais de semana 

Profissional 

Curso da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) que credencia para apitar em âmbito estadual 

Tempo de duração: aproximadamente seis meses, com aulas todos os sábados
Custa aproximadamente R$ 7 mil, entre inscrição, valor das aulas teóricas e práticas, hospedagem e custos da viagem a Porto Alegre 

Pré-requisitos 

Apresentar eletrocardiograma de esforço
Apresentar testado de visão
Atestado de sanidade mental
Negativa de cartório
Negativa de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa
Negativa criminal e civil
Nome limpo na justiça

Quanto ganha um árbitro (o assistente, em geral, recebe metade desse valor)

Futebol 

No amador 
Em torno de R$ 300 reais  

Categorias de base Estadual
Em torno de R$ 400  

Na Divisão de Acesso
Cerca de R$ 700 

Na Série A do Gauchão
Cerca de R$ 1,8 mil 

No Brasileirão
Cerca de R$ 2,5mil 

Numa partida internacional (eliminatórias ou Libertadores)
U$ 3,3mil dólares 

OBS: Árbitro Fifa ganha 50% a mais e o CBF ganha 25% a mais. Conforme a fase da competição e a importância da partida o valor aumenta 

Futsal 

No citadino
R$ 150 

Numa competição estadual
R$ 300 

Num jogo de Liga Nacional de Futsal
R$ 600 







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