O Natal que somos: uma história contada com “coração”

O nascimento que acontece em nós
Senhor, quando o Natal se aproxima, lembramos o milagre que mudou toda a história. Tu nasceste pequeno, para nos ensinar a grandeza do amor.
O Menino Deus envolto em faixas, colocado numa manjedoura, veio dizer que a luz pode habitar os lugares mais simples, e também os mais feridos do nosso coração. 

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A árvore de Natal nos lembra a Árvore da Vida, aquela que aponta para o céu e nos convida a erguer nosso espírito. A guirlanda circular nos fala da eternidade, da aliança que não se quebra, do Deus que é princípio, meio e fim.

 
E a ceia, Senhor, ecoa a Tua mesa, onde o pão e o vinho se tornaram presença, memória e promessa. Mas antes de qualquer símbolo, Tu nos perguntas:
“Filho meu, onde estou nascendo em você?” Que neste Natal eu permita que tua luz encontre espaço no meu interior e que renasçam em mim a fé, a mansidão, a gratidão e a coragem de ser instrumento da Tua paz.

Cada ser humano é obra das Tuas mãos
O Evangelho nos ensina que nenhum de nós existe por acaso, nenhum de nós vive sem propósito, nenhum de nós passa pela terra sem deixar marcas eternas. Senhor, Tu sempre nos mostras, através das pessoas, que somos parte do Teu plano. O Natal nos recorda que cada gesto de amor é uma extensão do Teu amor. Cada vida tocada é uma vida oferecida a Ti. Cada bondade silenciosa é uma vela acesa na escuridão do mundo. 

E então o Espírito sussurra: “Você tem sido Natal para quem?” “Você tem sido Minha luz na vida do outro?” “Você tem compartilhado aquilo que Eu te dei?” Que eu entenda, Senhor, que quando abraçamos alguém, é Cristo quem abraça através de nós; que quando erguemos alguém, é Cristo quem o levanta; e que quando salvamos uma vida, é Cristo quem renasce em mim e no outro.

O Natal que eu tenho sido
Natal não é apenas festa, é também redenção. É luz que se acende no vale da sombra da morte, como Tu prometeste. É Jesus nascendo em meio ao caos para dizer que nenhuma noite é tão profunda que a Tua luz não possa alcançar. Senhor, há Natais em que a mesa tem lugares vazios. Há Natais em que o coração chega cansado, ferido, sem brilho. Há Natais em que o choro parece mais verdadeiro que o sorriso. 

Mas o Natal continua sendo Natal, porque o Cristo que nasceu não abandona quem sofre. Ele se senta à beira da dor e faz dela um altar de esperança. E Tu nos perguntas: “És Natal apenas nos dias de alegria? Ou também és Natal quando alguém precisa da tua compaixão no dia em que teu próprio espírito se encontra abatido?”
A fé verdadeira não é a que ignora a dor é a que Te encontra dentro dela. É a que transforma lágrimas em oração e silêncio em confiança. Que eu aprenda, Jesus, a ser Natal mesmo frágil, a ser luz mesmo pequena, a ser esperança mesmo tremendo porque o Teu poder se aperfeiçoa também na fraqueza.

Viver a Boa Nova todos os dias
O verdadeiro Natal acontece quando escolhemos viver o Evangelho. Quando nos tornamos resposta à dor do mundo. Quando levamos esperança onde ninguém acredita mais. Quando estendemos a mão antes do julgamento, o abraço antes da crítica, e o perdão antes da mágoa. 

Por isso, Senhor, pergunta-nos de novo, com a doçura de um Deus que conhece nossos limites e, ainda assim, nos chama: “Que Natal tens sido?” “Tua vida anuncia a Boa Nova?” “Teu caminhar faz alguém acreditar que Eu ainda estou neste mundo?” Que o Teu Espírito Santo desça sobre nós neste Natal, para que sejamos o que o Evangelho deseja: portadores da Luz, testemunhas da Graça, sinais vivos do Deus que nasceu para salvar. Que cada gesto nosso acenda uma estrela no céu de alguém. Que cada palavra nossa seja manjedoura onde a bondade possa repousar. 

E que cada dia nosso seja um dia de Natal não por tradição, mas por amor e, que possamos renascer a cada dia vivendo em família e em comunidade o verdadeiro sentido do amor de Deus por nós.
Amém.

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Daniela Minello

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