Deni Zolin

Selo da Unesco ajuda a tirar o complexo de vira-latas que alguns têm na região

A região deverá dar um grande salto turístico nos próximos anos com o importantíssimo reconhecimento da Unesco dos dois geoparques, da Quarta Colônia e de Caçapava do Sul — ele se soma ao selo do Guinness (livro dos recordes) de que somos o berço dos dinossauros mais antigos do mundo. Será uma mudança gradual, mas que já começou a ser vista na Quarta Colônia nos últimos anos, com a abertura de vários pequenos e alguns grandes empreendimentos turísticos. Com a divulgação estadual, nacional e internacional do selo do Unesco (braço da educação da ONU), a tendência é de atrairmos muitos turistas e negócios. Temos muito a avançar, com divulgação e treinamento de quem receberá turistas, além de termos mais estrutura. Aos poucos, isso vai sendo aprimorado.

 
Mas vale lembrar: apesar do nome, o geoparque não é um parque fechado, mas uma região inteira. Por isso, pode-se visitar, mas não há cobrança de ingresso. No caso da Quarta Colônia, o geoparque tem 54 geosítios, parte deles são pontos turísticos, como o mirante São Pio e o Cappa, onde há fósseis de dinossauros. Porém, alguns geosítios são apenas para uso científico e de pesquisa, como um sítio onde foram achados fósseis de dinossauros.

 
Junto a esses geosítios turísticos, costumam-se abrir negócios, como restaurantes, bares, parques, locais de venda de souvenir e artesanato, para dar estrutura e apoio aos turistas.
Com esse selo, tomara que as pessoas daqui da região passem a dar mais valor ao patrimônio e à riqueza que temos, deixando de lado o complexo de vira-latas, de que não temos valor. Afinal, nossa região está agora ao lado de inúmeros geoparques de países como Grécia, Espanha e Itália, que recebem milhares de turistas. Muita gente vai daqui para a Europa ou Estados Unidos e, lá, vai a museus, mas nunca foi a um aqui, sendo que no Cappa (apesar de não ser um museu tecnicamente) há um exposição de alguns dos fósseis mais antigos do mundo.

 
Relembro aqui a história de um médico santa-mariense que foi à famosa Toscana com a família e ouviu do filho a seguinte constatação: “Mas pai, o que isso tem de tão diferente da Quarta Colônia?”. A Toscana ganhou fama e recebe milhões de turistas. Por que não podemos divulgar mais nossos potenciais e nos preparar para receber turistas daqui e de fora? 


Claro que é um longo caminho, mas pelo menos, estamos vendo avanços. Será preciso também apoio do Estado e do governo federal para divulgar esses potenciais.



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