Deni Zolin

Onda de choque do vulcão de Tonga foi detectada em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Reprodução/Satélite registrou a grande nuvem de cinzas, que atingiu 20 km de altura

Cerca de 11 horas após a forte erupção do vulcão submarino em Tonga, na Oceania, sensores de pressão atmosférica em Santa Maria sentiram a onda de choque provocada pela forte explosão do outro lado do planeta, por volta da 1h (horário de Brasília) do último sábado. Apesar de imperceptível para o ser humano, essa onda de choque foi notada pela estações meteorológicas experimentais do projeto Bate-Papo Astronômico. Em Santa Maria, na unidade operada pelo diretor executivo do projeto, Fabricio Colvero, o pico de pressão atmosférica foi registrado às 11h40min da manhã de sábado (na imagem abaixo, em vermelho), e na estação de Pitangueiras (SP), operada pelo colaborador do projeto, José Carlos Salerno, às 12h30min. É que a onda de choque provocada pela explosão se propagou na velocidade do som por todo o planeta. O barulho do estrondo chegou a ser ouvido a cerca de 800 km de distância do vulcão, como se fossem trovões.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

Foto: Divulgação/Estações registram variação da pressão atmosférica provocada pela onda de choque do vulcão

Esse enorme vulcão submarino, na Oceania, entrou em erupção, causando inclusive um tsunami com ondas na ordem de 1,2 m em Nucualofa, capital de Tonga - ontem, foi confirmada a primeira morte provocada pelas ondas, que arrastaram uma mulher que tentava salvar cães em um abrigo. Foram emitidos alertas para outros países, como Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá e Japão.

A erupção do vulcão, denominado Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, durou aproximadamente 8 minutos. Estima-se que a nuvem de cinzas tenha atingido mais de 20km de altura - imagens de satélite captaram o cogumelo de cinzas.

Como em toda explosão, foi gerada uma onda de choque, que ao longo do dia 15 percorreu o planeta, sendo percebida por diversos sensores e estações meteorológicas do mundo, como um sutil aumento, momentâneo, na pressão atmosférica.

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Segundo Colvero, a onda de choque é uma condição mecânica, e ela só existe porque há um meio de propagação, que nesse caso, é a atmosfera. É como atirarmos uma pedra na água e observarmos as ondas se propagando. O mesmo ocorreu com o vulcão, porém, em escala global.

- É uma sensação indescritível percebermos que um fenômeno ocorrido a milhares de quilômetros consegue chegar com força suficiente para detectarmos a partir de sensores relativamente simples. Algumas de nossas estações são totalmente desenvolvidas por nossa equipe, desde a montagem até o software, e com elas detectamos uma explosão vulcânica na Oceania - diz Colvero.

O projeto Bate-Papo Astronômico é realizado pelo Santa Maria Tecnoparque e atua voluntariamente na área de divulgação científica para todos os públicos, com foco no aprendizado das crianças. Para saber mais sobre o tema ou sobre o projeto, acesse batepapoastronomico.com ou @batepapoastronomico no Instagram.


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