A Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) e o Consórcio SIM, responsáveis pelo transporte coletivo em Santa Maria, estimam que as empresas de ônibus da cidade estão tendo um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão por mês devido à defasagem do valor da tarifa. Em dezembro, as entidades pediram reajuste do preço da passagem, mas ele foi negado na semana passada pela prefeitura. A Secretaria de Mobilidade Urbana informou que qualquer aumento está descartado e que estuda redução de custos do transporte coletivo para evitar o reajuste da passagem.
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Segundo o diretor da ATU Edmilson Gabardo, a tarifa deveria custar hoje R$ 5,50 para cobrir todos os custos do serviço. Ele diz que, a cada passageiro, há uma defasagem de R$ 1,30 e que, como são transportados 780 mil passageiros por mês, o prejuízo é milionário.
- Ao muliplicar R$ 1,30 por 780 mil passageiros por mês, dá R$ 1,014 milhão mensais. Esse é o passivo que o município está gerando. E a conta um dia sempre vence. As empresas não querem aumento na tarifa, pois vai penalizar toda a comunidade. As empresas querem receber o custo do serviço prestado. E preferencialmente que este custo não seja cobrado dos clientes do serviço de transporte público. As empresas estão recebendo cerca de R$ 3,20 por passageiro transportado. Cada pessoa que paga tarifa integral paga R$ 3,20 pelo seu deslocamento e mais R$ 1 real para cobrir a passagem das pessoas que não pagam - afirmou Gabardo.