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Foto: Dnit (Divulgação)
Com 82% dos trabalhos concluídos, a obra de duplicação das BRs da Travessia Urbana de Santa Maria está na reta final, mas depende de mais verbas. O motivo: a estimativa atual do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é que ainda são necessários R$ 105 milhões para concluir 100% das obras, mas só há R$ 32 milhões garantidos no Orçamento da União de 2020. Durante este ano, o Dnit ainda precisará lutar para conseguir R$ 73 milhões que faltam. Um dos problemas é que, desde 2014, o preço da massa asfáltica subiu 111% no país, e será preciso ainda colocar uma última camada de asfalto nos 14,5 km.
Apesar de, nos bastidores, haver boa vontade do Dnit, em Brasília, para garantir o dinheiro que falta, será preciso de pressão política e contar até com a sorte para que essas verbas venham ainda este ano. Caso contrário, a conclusão da duplicação ficará mesmo para 2021. Na realidade, o próprio Dnit confirma que trabalha com a intenção de terminar as obras em 2020, mas alerta que isso dependerá da disponibilidade de recursos. Se terminar neste ano, serão 6 anos de obras, o dobro do tempo previsto inicialmente - apesar do atraso, ao menos a duplicação nunca parou, ao contrário de obras importantes no Estado, como a ponte do Guaíba e a duplicação da BR-116, de Pelotas.
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Já conhecendo a realidade da liberação de verbas e das obras públicas, é mais certo que a conclusão da Travessia Urbana ficará mesmo para o ano que vem. Porém, mesmo que ainda fiquem faltando alguns trechos, o principal entroncamento do Coração do Rio Grande, o trevo da Uglione, já deverá ter, ao menos, dois viadutos prontos. O primeiro deve ser liberado agora em março, desafogando o trânsito no sentido Estação Rodoviária-Urlândia, para quem atravessa a cidade em direção a Rosário e São Pedro do Sul. O outro viaduto deve ser liberado ao longo deste ano. Isso já amenizará os congestionamentos no local. Talvez só ficará para 2021 a conclusão da trincheira (pista escavada abaixo do nível do solo), que terá quatro pistas no sentido Júlio de Castilhos-São Sepé, muito usada pelos caminhões que levam soja para o Porto de Rio Grande.
DUPLICAÇÕES DA FAIXA NOVA E SAÍDA DE SÃO SEPÉ
Agora que a Travessia Urbana está no final, a cidade precisará se mobilizar para começar a lutar por outras duas duplicações de locais muito congestionados: o trecho de 2,5 km do início da BR-392, do trevo da Uglione à Estância do Minuano, na saída para São Sepé; e a Faixa Nova de Camobi.
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Quanto à BR-392, a obra não saiu porque a licitação de 2014 teve problemas. Ainda não há sinais de que o Dnit vai licitar a obra novamente. Quanto à Faixa Nova, o deputado Paulo Pimenta (PT) pediu à União para voltar a ser BR para tentar duplicá-la via Dnit. Com o fim da Travessia, da ponte do Guaíba e da BR-116, tende a sobrar verbas do Dnit a partir de 2021.