Depois de cair para R$ 120, soja volta a subir na região

A saca de soja, que valia R$ 175 há exato um ano e que chegou ao preço de R$ 160 durante o início da colheita deste ano, despencou para R$ 120 e, agora, voltou a se valorizar. Desde o início de junho, a cotação do grão está se recuperando devido a vários fatores, como incertezas na safra dos Estados Unidos e, principalmente, a decisão da Rússia de dificultar o transporte de grãos na Ucrânia. Isso pode reduzir a oferta de alimentos em todo o mundo e já vem afetando os preços não só da soja.

 
Nesta segunda-feira, na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, o milho e o trigo também tiveram forte valorização. Em São Sepé, na cooperativa Cotrisel, a saca de soja subiu de R$ 137,50 para R$ 139 nesta segunda.

 
Segundo o presidente da Cotrisel, José Paulo Salerno, cerca de 60% da soja estocada já foi comercializada, o que está dentro da normalidade para o período do ano.
Quanto ao aumento dos preços, é um alento para os produtores, já que, na Região Central, a quebra foi de 50% da produtividade.

 
– Momentaneamente, é ótima notícia essa alta de preços, mas para a safra que vem, os preços futuros da soja ainda estão menores do que hoje. Os insumos baixaram bastante e, agora, estagnaram os preços, com uma pequena alta nos adubos em função da guerra na Ucrânia. O que tem previsão de alta e já está subindo é o trigo. O milho tem uma grande safra brasileira e ainda não reagiu – afirmou Salerno.

Alta ao consumidor

 
Para o consumidor, a guerra na Ucrânia e essa alta nos preços podem ser prejudiciais nos próximos meses. O risco é de aumento dos preços de óleo de soja e outros produtos, como carne de frango e porco, já que a ração animal, feita de milho e soja, ficará mais cara.