Deni Zolin

Confirmado: grupo espanhol assumirá a concessão da RSC-287 em junho. Pedágio cairá pela metade

A concessão da RSC-287 entre o Trevo do Aeroporto de Santa Maria e a cidade de Tabaí, que parecia algo distante, agora está prestes a virar realidade. A partir de junho, o grupo espanhol Sacyr vai assumir a concessão desses 204 km da rodovia. É que o grupo, junto de sua subsidiária brasileira, faz parte do consórcio vencedor do leilão, chamado Via Central, cuja vitória foi homologada pelo governo do Estado na quinta-feira. Com isso, a previsão da Secretaria Estadual de Planejamento é que o Consórcio Via Central assine o contrato com o Estado e assuma a estrada a partir da primeira quinzena de junho.

Quando isso ocorrer, o grupo espanhol vai assumir a cobrança de pedágio nas duas praças atuais da EGR, em Candelária e Venâncio Aires. A boa notícia, a curto prazo, é que o preço do pedágio cairá pela metade, dos atuais R$ 7 para cerca de R$ 3,50 para automóveis. É que o Consórcio Via Central ganhou o leilão da rodovia, em dezembro, pelo valor de R$ 3,36, mas será aplicada a inflação de maio de 2019 para cá, para atualizar os preços. O problema é que a tarifa máxima prevista no edital era de R$ 7,37 e, com um preço tão inferior, fica a dúvida se a concessionária conseguirá cumprir com tudo o que está previsto no contrato, já que são R$ 2,7 bilhões investidos em 30 anos, sendo mais de R$ 2 bilhões para duplicar 204 km da rodovia, o que inclui também todas as novas pontes e viadutos.

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Outra novidade é que motos são isentas hoje, mas passarão a pagar meia tarifa a partir de junho. É importante lembrar que a cobrança nas três novas praças, que ainda precisarão ser construídas, só poderá ser feita a partir da metade de 2022, quando toda a rodovia estiver restaurada, com fim dos buracos e ondulações, melhorias no asfalto e sinalização totalmente nova. Portanto, a tendência é que só passará a ser cobrada tarifa na futura praça de pedágio perto do Trevo do Santuário a partir de junho de 2022 - as outras duas novas praças serão entre Paraíso do Sul e Novo Cabrais e em Tabaí.

Além disso, ao assumir a rodovia, a empresa tem de oferecer serviços de guincho e ambulância. Do 2º ao 5º ano de concessão, terá de fazer uma recuperação mais profunda e completa, retirando trechos inteiros com asfalto com problema para colocar novas camadas, e deixar a rodovia em estado de nova.

Além disso, entre 2023 e 2025, a concessionária será obrigada a construir oito terceiras faixas entre Santa Maria e Paraíso do Sul, totalizando 7,3 km de extensão, para facilitar ultrapassagens, e três rotatórias alongadas, para aumentar a segurança - essas rótulas serão no acesso a Arroio do Só, no trevo do Santuário e no trevo de acesso a Paraíso do Sul. Essas melhorias, apesar de paliativas e ainda não ideais, só foram incluídas no projeto após cobranças feitas pela coluna e pelo Diário, já que esse trecho de Santa Maria a Novo Cabrais só deve ser duplicado entre 2039 e 2041 e, pelo projeto original, ficaria pelos próximos 20 anos sem nenhuma melhoria de ampliação de pistas. Após as queixas, o então secretário estadual Bruno Vanuzzi entendeu a situação e conseguiu incluir essas melhorias na concessão.

Confira mais detalhes sobre a concessão e o pedágio 

No 3º e no 4º ano da concessão, o consórcio terá de duplicar trechos urbanos, incluindo 1,5 km do trevo do Aeroporto de Santa Maria em direção à Base Aérea - isso deve ocorrer em 2024. Nos primeiros cinco anos, serão R$ 599 milhões em obras. A duplicação de trechos rurais vai iniciar em 2026, em Tabaí, sendo concluída até 2029 ou 2030 até Novo Cabrais. Já dali até Santa Maria, será daqui a 20 anos. Só sairá antes se o volume de tráfego atingir 18 mil eixos diários antes de 2039 - o que não se sabe se irá ocorrer ou não.

200 empregos
A estimativa do edital é que, no 1º ano de concessão, a nova empresa tenha cerca de 211 funcionários, aumentando para 270 no 2º ano, quando entrarem em operação as três novas praças de pedágios. Serão vagas para cobradores, administrativos e até motoristas de ambulâncias e guinchos, além de socorristas. E haverá centenas de empregos para as obras. A coluna está tentando contato com o consórcio para saber quando será realizada a seleção de empregos e como as pessoas poderão concorrer a essas vagas.

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