Deni Zolin

Brasil corta 7,8 milhões de postos de trabalho por causa da pandemia

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O IBGE divulgou o tamanho do estrago provocado pela pandemia do novo coronavírus nos empregos, até agora. E os dados são preocupantes. A crise provocada pelo coronavírus destruiu 7,8 milhões de postos de trabalho no Brasil até o mês de maio, segundo o IBGE - os números contabilizam empregos formais e informais. Isso fez com que a população ocupada tivesse caído 8,3% na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, indo para 85,9 milhões de pessoas. Pela primeira vez na história da pesquisa Pnad Contínua, menos da metade das pessoas em idade para trabalhar está empregada. Isso nunca havia ocorrido antes na pesquisa, que começou em 2012. Dentre os postos de trabalho perdidos, 5,8 milhões são de empregos informais.

No trimestre anterior, terminado em fevereiro, a taxa de desocupação havia fechado em 11,6%. Maio foi o segundo mês completo com medidas de isolamento social impostas em todo o país como forma de conter o avanço do Covid-19, o que vem afetando a economia brasileira. Com isso, a taxa de desemprego subiu agora para 12,9%. Especialistas já dizem que o Brasil vive depressão econômica.

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Além disso, os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontaram que o Brasil cortou 331,9 mil empregos formais só em maio - em abril,tinha sido bem pior, com -902 mil postos. O Rio Grande do Sul teve o quarto pior desempenho em maio, com -32,1 mil empregos, ficando atrás só de São Paulo (-103,9 mil), Rio (-35,9 mil) e Minas Gerais (-35,6 mil). Aqui no Estado, na análise por setores, o pior desempenho ficou com a indústria gaúcha, com -13,2 mil empregos, seguida pelos serviços (-8,7 mil) e comércio (-7,8 mil).

Aqui no Estado, o volume de cortes também teve uma freada, pois em abril, tinham sido cortados 76,8 mil empregos formais, enquanto em março, no primeiro mês de medidas de isolamento, foram -14,1 mil.

Mesmo com a criação de 13,1 mil empregos em janeiro e 23,3 mil em fevereiro, o Rio Grande do Sul registra um saldo de -76,8 mil postos no acumulado de 2020 (-3,44%). O Brasil acumula -1,144 milhão de empregos formais, ou -2,95%.

Mesmo com o auxílio bilionário do governo, que é um alento para muita gente, esse esforço acaba sendo insuficiente para equilibrar a balança - por isso é que o nome do auxílio é emergencial mesmo. A falta de renda de milhões de pessoas impactará ainda mais na queda do consumo e da produção. Quando a pandemia acabar, ficará uma chaga muito grande não só de milhares de mortos, mas também de crise econômica e falta até de dinheiro para comprar comida - especialmente, para os pobres.

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