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Foto: Renan Mattos (Diário)/
Em assembleia na noite desta segunda-feira, os associados do Clube Caixeiral autorizaram que a direção da entidade venda o prédio de sua sede, que fica na Rua do Acampamento, esquina com a Rua Alberto Pasqualini, bem no centro de Santa Maria. Segundo o presidente, Lauri Potter, cerca de 20 associados votaram a favor da continuidade das negociações, e apenas um voto foi contrário. Dessa forma, a diretoria vai retomar as tratativas com dois grupos que haviam demonstrado interesse em comprar o prédio histórico e reformá-lo. Parte do telhado desabou em fevereiro de 2018, e a sede foi interditada, estando se deteriorando em função da água da chuva, que infiltra pela estrutura.
Potter contou à coluna que um grupo de investidores de Porto Alegre havia sondado a diretoria para comprar o prédio e reformá-lo para utilizar o espaço para fins comerciais. Esses investidores se comprometeram em construir uma nova sede para o Caixeiral em um local mais distante do Centro, e pagar também a diferença do valor. Outro empresário também tem interesse em adquirir e reformar a estrutura para locar para uma rede de lojas. Nos dois casos, a fachada e a estrutura arquitetônica terá de ser mantida, pois o prédio, construído em 1926, é tombado pelo patrimônio histórico do município.
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Com a autorização aprovada nesta segunda, a direção agora aguardará propostas formais desses interessados. Quando houver uma proposta concreta, será preciso haver nova assembleia para os associados aprovarem a venda.
Segundo Potter, há duas avaliações feitas por imobiliárias que indicam que o prédio valeria entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. Questionado sobre a ação judicial movida pela prefeitura que exige a retirada do telhado que restou e a reconstrução integral da cobertura, o presidente do clube disse que a diretoria havia tentado resolver a situação. Como não tinha dinheiro para fazer a reforma, havia negociado a locação para um empresário da cidade, que bancaria a obra e iria explorar o espaço para festas e bailes.
Porém, um antigo locatário de parte do prédio não abriu mão do ponto comercial e inviabilizou a negociação. A partir daí, a direção decidiu vender o clube, pois essa seria a maneira possível, segundo Potter, para viabilizar a reconstrução e evitar que a estrutura continue se degradando com a ação do tempo. Ele alega que a diretoria está buscando uma solução, ao contrário do que diz a prefeitura. Nessa ação judicial, o município obteve liminar em que a Justiça obriga o clube a fazer a retirada do telhado que restou e a reconstrução, para garantir a segurança aos pedestres e evitar que a estrutura se deteriore mais. É que, em 2019, parte do reboco já caiu sobre a calçada e a Defesa Civil precisou interditar parte do passeio público com fitas, para evitar que algum pedestre fosse atingido.