deni zolin

Ameaça de bandeira vermelha é um alerta necessário à região, infelizmente

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Infelizmente, a impressão é que, agora, o novo coronavírus chegou de vez a Santa Maria. Além de surtos em frigorífico e lares de idosos, nas últimas duas semanas virou mais comum as pessoas comentarem que um parente ou amigo deu positivo para a doença. Lamentavelmente, o número de internações e óbitos entre idosos cresceu, e poderá seguir alto se a doença se mantiver nos asilos. Boa parte da população, em geral, se cansou do distanciamento e se descuidou. Outra parte das pessoas nunca deu bola e exagerou, fazendo festas e sendo irresponsável. Agora, podemos estar colhendo os frutos amargos desses comportamentos.

Além disso, em algum momento, possivelmente teríamos de enfrentar o pico da doença, que começou em dezembro na China e foi vindo para cá. Porém, na prática, ainda não sabemos ainda se estamos no auge ou não da Covid aqui.

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Segundo os dados do Observatório Covid da UFSM, o número de novos casos confirmados por dia passou de 60, em média, no final de agosto, sendo praticamente o dobro do registrado 30 dias antes. Já no início de julho, estava na faixa de cerca de 10 por dia. Como os dados são atualizados conforme vão saindo os resultados dos exames, ainda é difícil de saber quantos casos por dia estamos tendo agora (a curva em queda no final do gráfico pode ser, e provavelmente é, ilusória). Mas a infectologista Jane Costa já alertou que, daqui a uma semana, existe o risco de o total de casos crescer, pois muita gente descuidou das regras de distanciamento e visitou parentes e amigos no feriadão do 7 de Setembro.

A bandeira vermelha e todas essas realidades são um sério sinal de alerta, mas ainda não há motivo para pânico, pois até sexta, dos 109 leitos de UTI Covid e não Covid na cidade de Santa Maria, 78 estavam ocupados (taxa de 71,6%), e ainda havia 31 leitos vagos. E dos 141 leitos Covid fora de UTI, 48 estavam ocupados (34%). Ou seja, ainda há capacidade para atendimento nos hospitais. Porém, se as pessoas seguirem se descuidando, a situação pode piorar muito.

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Portanto, infelizmente, existe maior risco de entrarmos na bandeira vermelha de forma definitiva pela primeira vez, aumentando as restrições a serviços e ao comércio. É preocupante, principalmente pelo crescimento da doença e das mortes, mas também pela questão econômica.

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