Deni Zolin

72 cidades brasileiras têm tarifa zero no transporte coletivo

72 cidades brasileiras têm tarifa zero no transporte coletivo

Foto: Nathália Schneider (Diário)

Um levantamento do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) aponta que pelo menos 72 cidades brasileiras oferecem transporte coletivo de graça para a população. Pelo menos 50 delas passaram a adotar a tarifa zero depois dos protestos contra reajustes do transporte coletivo no país, em 2013.

 
Dessas 72 cidades, a grande maioria é de municípios pequenos. Apenas duas têm mais de 100 mil habitantes.

Segundo pesquisadores, além do ganho para o usuário, o comércio local acaba sendo beneficiado com aumento de vendas, tanto pela facilidade de locomoção quanto pelo valor que deixa de ser pago no transporte coletivo e acaba sendo gasto em lojas, girando a economia local. Outras vantagens são a redução da poluição e de congestionamentos e acidentes.

Em municípios pequenos, após a tarifa ser zerada, o número de usuários chegou a aumentar quatro vezes. Em cidades maiores, também há crescimento de passageiros, mas em proporção menor.

A discussão sobre subsídio parcial (para reduzir a tarifa) ou total (para zerar o preço da passagem) tem ganhado força no país, principalmente depois da pandemia. Foi durante a forte onda de Covid-19 que muita gente se deu conta de como o transporte coletivo é um serviço essencial, tanto quanto saúde e educação. Em Santa Maria mesmo, os prefeitos sempre negaram com veemência pedidos de subsídios para a tarifa, até que, durante a pandemia, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) resolveu usar verbas dos cofres públicos para baratear a tarifa.

Atualmente, a passagem deveria custar R$ 6,15, mas está em R$ 4 (se pagar com cartão de bilhetagem) e R$ 5 (pagamento em dinheiro). A diferença é coberta pela prefeitura.


R$ 84 milhões

 
A projeção atual da ATU é de que com R$ 84 milhões anuais (ou R$ 7 milhões mensais), seria possível ter ônibus de graça para toda a população. Se colocasse a tarifa a R$ 2, seriam necessários R$ 5 milhões por mês para bancar esse valor. Claro que não é nada fácil uma prefeitura colocar tanta verba para bancar o transporte, pois teria de tirar de outras áreas, mas é uma discussão que tende a crescer – até porque as vantagens são inúmeras. Zerar a tarifa é difícil, mas aumentar gradualmente o subsídio para baratear a passagem, é viável.

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