O reflexo local existe e é importante para o futuro político-eleitoral de Santa Maria. Ele decorre de dois assuntos relevantes registrados nos últimos dias. Esses:
1) Presidente nacional do PSB, o prefeito do Recife, João Campos, disse, em evento público, há alguns dias, que seu partido está empenhado em construir uma federação com o PDT e o Cidadania.
2) Ciro Gomes, candidato a presidente da República pelo PDT nos dois últimos pleitos, e pelo falecido PPS, em 1998 e 2002, está negociando o retorno ao PSDB, sigla que deixou em 1997. A possibilidade já atiça grão-tucanos, que o imaginam concorrendo ao Planalto pela quinta vez, embora publicamente se fala só em candidatura ao governo do Ceará.
Se o dito nos últimos dias virar fato, é evidente que haverá a rebarba na Boca do Monte. A seguir as principais:
a) A menor das consequências se daria no PSB. Hoje pequeno aqui, sem vereador, que apoia o governo do PSDB, aqui se subordinaria ao PDT, que é maior e tem bancada na Câmara. É pouco provável que abra mão de cargos que tenha na prefeitura ou no governo do Estado.
b) Para o PSDB se reservam os maiores efeitos. Aliás, não se sabe o que acontecerá, exceto que Jorge Pozzobom irá ao PSD, novo partido de Eduardo Leite. Se supõe que o vice Rodrigo Decimo siga o mesmo destino, tanto quanto o atual presidente da sigla, Guilherme Cortez, e o vice, Alexandre Lima.
Como, porém, foi frustrada a fusão com o Podemos, os edis devem continuar tucanos. E comandar a sigla, se todos os outros líderes de fato a deixarem. O problema será se Ciro Gomes concorrer mesmo ao Planalto. Como ficarão os edis do PSDB e outros líderes, com cargo na prefeitura? Duvida-se que eles próprios saibam.
c) No PDT, sem Ciro e junto com o PSB, talvez ocorra a principal implicação. Hoje alinhado aos tucanos e ao PSD (com Leite), como ficará na possibilidade bastante possível de seus federados (o que obriga a atuação única) do PSB manterem apoio a Lula para a presidência, com o socialista Geraldo Alckmin na vice? E no Rio Grande, como será, já que parece clara a aliança com o PSD e o MDB de Gabriel Souza, com as duas secretarias de Estado e um punhado de outros CCs que ostenta no governo do Rio Grande? Pooois é.