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Três seriam demais?

Esse número ímpar, o TRÊS, não sei quando e como ganhou fama. Mas que é assim, é. Pensemos na Santíssima Trindade. Desde cedo, principalmente os criados na religião católica, ouviam e cultuavam, ainda que não entendessem, essa santa figura. Nunca se discutiu ou procurou mais informações, pois a fé supera indagações. Cremos e ponto final. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!

Não raras vezes, em noites estreladas, os mais velhos nos mandavam olhar para o céu e buscar enxergar e determinar as Três Marias. Quando encontrávamos, além de ficarmos exultantes, com orgulho procurávamos mostrar aos pequenos e até aos grandes a nossa descoberta. Só não podíamos apontar com o dedo, pois nasceria uma "berruga" ou "verruga" na ponta do dedo apontador. E elas, as Três Marias, foram importantes e determinantes nos rumos da navegação. Não só elas, mas elas, muito.

Pulando para o futebol, lembro-me bem do que diziam os entendidos, os pretensos treinadores (técnicos). Um bom time começa pela espinha dorsal, ou seja: um bom goleiro, um bom centro médio (era assim a denominação) e um bom centroavante. Eu ainda acredito nisso. Tenho dúvida, sim se hoje fosse possível colocar no mesmo Time ou Seleção Brasileira esses três: Pelé, Garrincha e Romário. Mas reparo que seriam três ainda que não fossem à espinha dorsal da equipe.

Volto no tempo, e muito tempo, e indago: Quantos eram os reis magos levando presentes ao recém-nascido Jesus Cristo de Nazaré? Quantos? Três. Coincidência ou não, o número se salienta desde aquela época. Vale, também, a pergunta: Quantas eram as caravelas do descobrimento da América: Santa Maria, Nina e Pinta? Mais uma linda coincidência numérica.

E prossegue: quantas navegaram para que Cabral descobrisse o Brasil? Três: as famosas Santo Antônio, São Pedro e Nossa Senhora Anunciada.

Lá pelo fim dos anos 1960, início de 1970 - a data exata não consegui - esteve animando musicalmente um baile de debutantes, no Avenida Tênis Clube (na antigo sede), um grupo denominado Os Três do Rio. Esses músicos, óbvio, do Rio de Janeiro, encantaram a todos, só não conseguindo serem mais lindos e exuberantes do que debutantes. Foi um espetáculo em todos os sentidos. Quantos eram os componentes do conjunto? Respondo sem nem pensar: Três! Incluo, por oportuno, outra indagação: E a tal "regra de três" ainda é usada?

O mundo, alguns se negam a aceitar, é perfeito, apesar de que, por livre arbítrio, possamos colocar os defeitos que ele não tem e espalhar aos três (ou quatro ventos) que os defeitos são do Mundo. Nesse caso, o número a que dedico esse comentário, é sempre multiplicado por muitos três.

Pois bem. Sinto que já andei por muito mais do que três situações onde imperaria o número surgido pela formação originária dos três ângulos. Lamentavelmente, para falar/escrever, sobre a junção de três destemperados políticos (sim com letras minúsculas). Eles, os próprios, inventaram uma sigla de três letras para incomodar quem trabalhando (e muito) pelo Brasil. Criaram uma CPI para juntar, tiradas de suas três cabeças, possíveis provas que pudessem incriminar um dos três poderes. Até hoje, ao que se sabe, não conseguiram - nem multiplicando por outro número - três problemas que viessem ou venham a macular alguém! E, como dizemos, nós gaúchos, com uma pequena e significante alteração: Até aqui, tudo está tri legal. Um abraço a todos!

Texto: Bira Alves
Jornalista

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