Jaqueline Silveira

Secretário volta à Câmara para dar explicações sobre furto de cartões

Depois de ir à Câmara de Vereadores de Santa Maria, na última sexta-feira, dar explicações sobre o furto de 82 cartões do Auxílio Inclusivo Municipal, que resultou no desvio de R$ 19 mil em recurso público, o secretário de Desenvolvimento Social, João Chaves (à esq., de camisa azul), voltou ao Legislativo para prestar esclarecimentos na manhã de ontem.

VÍDEO: 82 cartões do Auxílio Inclusivo são furtados em Santa Maria 

Desta vez, segundo material divulgado pela comunicação do Legislativo, o pedido partiu de vereadores, já que, na sexta-feira, a solicitação foi feita pelo próprio Chaves e pela controladora e auditora-geral do município, Carolina Lisowski. "A reunião anterior não foi chamada por esta Presidência. Se assim fosse, teríamos chamado todos os vereadores", explicou o presidente da Casa, Valdir Oliveira (PT).

Conforme o release divulgado pela Câmara, o titular da pasta do Desenvolvimento Social, gestora do programa, fez um relato da atuação da secretaria desde o momento em que ocorreu a constatação da falta dos cartões, a investigação até a exoneração, no dia 23 de dezembro, do servidor suspeito do furto e, como consequência, do desvio dos R$ 19 mil. Na sexta-feira, o agora ex-funcionário, que desempenhava cargo em comissão (CC) na secretaria, afirmou ao Diário que foi "injustiçado" e não teria relação com o fato, embora a Polícia Civil, ao concluir o inquérito, indiciou o ex-CC pelo suposto crime. Ele alegou que a prefeitura teria interesse em culpá-lo.

Suspeito de furtar 82 cartões do Auxílio Inclusivo afirma que não cometeu o crime

Aos vereadores, segundo o release do Legislativo, o secretário confirmou que o assessor era muito próximo a ele. "O rapaz era meu CC (cargo de confiança) e como um filho para mim. O dia que exonerei era como estivesse exonerando um filho. Mas a lei é para todos e a verdade está posta", relatou Chaves.

Sobre as reuniões, embora o pedido tenha partido do secretário, a Presidência poderia já ter chamado todos os vereadores na sexta - não havia empecilho para isso, e o próprio Chaves (PSDB) poderia ter tomado essa iniciativa. Era, claro, que a oposição mais ferrenha ao governo Jorge Pozzobom (PSDB) pediria para ouvir o secretário novamente, além de fazer críticas por não ter sido convidada para o primeiro encontro. Ou seja, ele se desgastou duas vezes.

Além disso, não pegou bem o fato de Chaves, porta-voz do Auxílio Inclusivo Municipal e, portanto das informações sobre a iniciativa, evitar a imprensa após o caso vir à tona. Embora a capacidade técnica da controladora Carolina Lisowski, que prestou os esclarecimentos sobre o furto, essa é hora de o secretário falar à população, até porque o CC era próximo a ele. Finalmente, no final da tarde desta segunda-feira, ele falou com o Diário. Há momentos, devido à gravidade de uma denúncia, que um secretário não substitui o outro.

Oposição adota cautela

Em entrevista à CDN, na tarde de segunda-feira, o vereador Pablo Pacheco (Progressistas) adotou um tom de cautela quanto à possível abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Legislativo para apurar o furto dos cartões do Auxílio Inclusivo Municipal, que foi viabilizado com recursos do orçamento do Legislativo.

Ele afirmou que, por enquanto, não será pedido uma CPI, já que Polícia Civil e Ministério Público estão investigando.

João Chaves se manifesta pela primeira vez

No finada da tarde desta segunda-feira, João Chaves falou pela primeira à imprensa. Ele conversou, por telefone, com o editor-chefe Pedro Pavan. "A minha preocupação, agora, é conversar com o cidadão santa-mariense e explicar para ele toda a lisura do processo e integridade do processo. Tudo tem sido feito com muita transparência e lamento ter acontecido tudo isso", afirmou ele. Confira a entrevista no site diariosm.com.br.

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