Claudemir Pereira

Republicanos muda postura e já fala em Vargas para a prefeitura


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Foto: Pedro Piegas (Diário)/

Alexandre Vargas pode concorrer a prefeito em 2024

Mudança de orientação no Republicanos. Além de apresentar candidatos locais em 2022 à Assembleia - para a Câmara dos Deputados, o apoio é destinado ao forasteiro, pastor e líder partidário Carlos Gomes - o partido já pensa seriamente em 2024.

Sintoma dessa modificação é o convite feito ao principal nome da agremiação em Santa Maria, Alexandre Vargas, para que seja o pré-candidato a prefeito daqui dois anos. Ele trocaria uma provavelmente garantida reeleição à Câmara (foi o mais votado entre os eleitos de 2020) pela disputa incerta à prefeitura.

Relembrando. Em 2012, ainda com a sigla PRB, não teve candidato, optando por apoiar o conglomerado de Cezar Schirmer (MDB), vencedor do pleito. Também coadjuvou em 2016, quando apoiou a chapa de viés evangélico, liderada por Jader Maretoli (Solidariedade/SD) e Adão Lemos (PSC).

É verdade que o Republicanos começou a mudar em 2020, ao assumir, enfim, uma candidatura própria, com o mesmo Maretoli, que havia deixado o SD e hoje está no União Brasil, e Maria Helena Rodrigues. Mas nada parecido com o que se anuncia para 2024.

Parte (maior) do que você leu acima é informação. Outro tanto (menos) é dedução do que respondeu à coluna o dirigente e vereador Alexandre Vargas. Que você lê a seguir, na integra, com acréscimos claudemirianos grifados:

Claudemir Pereira - O que o Republicanos projeta para a eleição deste ano? Terá candidatos a deputado estadual e federal? Quem?

Alexandre Vargas - Em 2022, teremos, sim, dois pré-candidatos: Maria Helena (Rodrigues, candidata a vice-prefeita em 2020) e Luciano Sampaio (primeiro suplente da bancada, tendo feito 630 votos em 2020). Talvez os dois a deputado estadual.

CP - E para 2024? O partido sempre se preocupou principalmente com o pleito para a Câmara, ainda com candidato a prefeito. Na próxima eleição, será do mesmo jeito?

AV - Vamos em busca de três cadeiras a vereador (hoje, além de Alexandre, Getúlio de Vargas se elegeu); estamos trabalhando desde agora. Como sempre fizemos: trabalhar os quatro anos para que isso aconteça.

CP - O senhor é o nome mais conhecido do partido, já no segundo mandato. Chegou a hora de concorrer à prefeitura? Como o partido vê essa possibilidade?

AV - Pelo partido e pela maioria dos filiados e candidatos a vereador em 2020, já era para ter concorrido. Estou pensando seriamente em 2024. Realmente, renovar a política se faz necessário e como muitas pessoas estão pedindo meu nome, vou me preparar e lá na frente decidir. Mas, realmente, desta vez, tem sim chances de eu concorrer a prefeito. Afinal, o Republicanos tem o vereador eleito mais votado da cidade e conseguimos aumentar o número de votos de 2016, coisa bem difícil.


Valdeci leva o primeiro escalão para o comando da Assembleia 

A assunção de Valdeci Oliveira (PT) à presidência da Assembleia Legislativa, a partir das 15h de 31 de janeiro, implica em modificações, também, no seu próprio gabinete parlamentar. O petista leva para o comando do parlamento gaúcho um trio de assessores principais, que o auxiliam há um montão de tampo.

O ex-prefeito (oito anos) e deputado federal (três anos) está no terceiro mandato consecutivo no Parlamento gaúcho e tem, desde longa data, um núcleo importante de assessores. São os que, agora, irão acompanhá-lo neste ano em que assume seu principal cargo como deputado: a presidência do Poder.

Assim é que Genil Pavan, o chefe de Gabinete, será o superintendente-geral do Legislativo por um ano. O assessor de imprensa, Tiago Machado, assumirá a Superintendência de Comunicação do Parlamento. E a assessora Eluza Rafo será a chefe de Gabinete da presidência da Assembleia. Com essa rotação toda, Alex Lopes é quem ocupará, no estafe do parlamentar, a chefia de Gabinete do mandato.

HISTÓRIA - Valdeci Oliveira é o terceiro santa-mariense a cumprir mandato completo na presidência da Assembleia Legislativa nos tempos modernos.


Região já teve outros presidentes do Legislativo  

O mais longevo, e antigo, foi o falecido Renan Kurtz, presidente três anos: entre março de 1984 e fevereiro de 1985, e mais adiante, outros dois anos, entre fevereiro de 1993 e janeiro de 1995.

O outro santa-mariense a presidir o Legislativo Gaúcho foi Cezar Schirmer, então no PMDB, no cargo entre janeiro de 1991 e janeiro de 1993, imediatamente antes do segundo mandato do pedetista Kurz.

Fabiano Pereira, na época no PT (hoje no PSB), também presidiu o Parlamento. Isso aconteceu durante o mês de janeiro de 2007, em que, como 1º vice, substituiu o então presidente, Luiz Fernando Záchia (PMDB), que assumiu a chefia da Casa Civil do governo do Estado. 

REGIÃO - Se o mapa for alargado para o centro do Estado, ao menos três políticos, além do deputado e ex-prefeito Valdeci Oliveira, também podem orgulhar-se de ter comandado o Poder Legislativo gaúcho.

Um deles é o atual prefeito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germano (do PP, na época PPR e PPB), que ocupou o cargo entre janeiro de 1995 e janeiro de 1997.

Outro a também ser ungido, foi o atual prefeito de São Sepé, João Luiz Vargas. O pedetista foi presidente por um ano, entre janeiro de 1997 e janeiro de 1998.

Completa o mosaico de políticos regionais a comandar a Assembleia, o ex-prefeito de Caçapava do Sul Otomar Vivian, com mandato entre janeiro de 2000 e janeiro de 2001.

FUTURO - Até onde se sabe, Valdeci concorrerá à reeleição em outubro. Mas, se depender do histórico dos outros nomes regionais, todos eles ocuparam importantes cargos estaduais, depois de presidirem o Parlamento.

José Otávio, por exemplo, que mais tarde seria deputado federal, foi vice-governador do Rio Grande do Sul, secundando Antônio Britto (MDB/PPS).

João Luiz Vargas, antes de voltar para São Sepé, seria conselheiro (e presidente) do Tribunal de Contas do Estado.

Otomar Vivian, além da chefia da Casa Civil, também dirigiu, mais de uma vez, o Instituto de Previdência do Estado (IPE).


LUNETA


UNIDADE

Não é inédito, longe disso, um presidente abrir espaço para o vice atuar no principal cargo da Câmara, especialmente no recesso. No entanto, a assunção de Luci Duartes (PDT), por uma semana, ao lugar de Valdir Oliveira (PT), pelas peculiaridades da disputa do final de 2021, significa uma fala "para dentro" do Legislativo, procurando oferecer uma garantia de unidade na direção do Parlamento.

VIZINHOS

Encontro, afirmado por ambos como "de trabalho", entre os presidentes do PT, Sidinei Cardoso Pereira, e do PDT, Marcelo Zappe Bisogno, no início do ano, sinaliza uma política de boa vizinhança entre as duas siglas. Em Santa Maria, num primeiro momento, a reunião revela apenas a intenção de ambos caminharem lado a lado num eventual segundo turno presidencial no pleito deste 2022. É isso. Por enquanto.

"LAIVEIRO"

Outro dia, o edil talvez tenha até exagerado na pose - ao colocar a mão no esgoto e levá-la na direção do próprio nariz para "provar" a imundície. De todo modo, não há dúvida: nos tempos difíceis de recesso, Tony Oliveira (a caminho do Podemos) é o mais "laiveiro" de todos os vereadores da comuna. Até garantindo embates com colegas, como já ocorreu com o emedebista Adelar Vargas, por conta do castramóvel.

TEMORES

Não obstante quererem (e alguns precisarem), partidos interessados em formar uma federação temem um aspecto fundamental da legislação: o novo instituto não vale só para a campanha deste ano, mas une (ou ata) as agremiações por pelo menos quatro anos, invadindo a eleição de 2024. Isso posto, os interessados precisam correr, pois o prazo para valer já neste ano vai até 1º de março.

PARA FECHAR!

É verdade que este momento seja sossegado. Mas antes da transmissão de cargo a Luciano Schuch, e mesmo depois, o fato é que o ex-reitor da UFSM Paulo Burmann não parou de fazer contatos visando sua nova vida política, agora militando exclusivamente no PDT. Nesses dias, por exemplo, visitou importantes empresários locais, a indicar que o caminho, de alguma maneira, chegará a 2024. A conferir.


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