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Palavras

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Quando as oportunidades surgem, ou devemos estar próximos a elas, ou chamados para participar. Assim me considero por estar escrevendo no nosso jornal, o Diário. Só tenho a agradecer e acreditar que nossos escritos sejam compreendidos. As palavras alinhadas formam frases que dão sentido ao que queremos transmitir. Isso é o natural, quando natural. No entanto, quando desconfio que não são bem postas ou deveriam nem ter sido escritas ou pronunciadas, revejo-as e - em tendo tempo e oportunidade - refaço. Acho simples! Essa é minha confissão sobre o que devo dizer/escrever e o que não deveria nem pensar. Acredito e muito que mais devemos ajudar do que "atrapalhar", mais devemos construir do que "destruir".

Nessa ótica, procuro às vezes ficar em silêncio e quando tenho algum conhecimento, buscar a forma mais branda de externar. Mas há palavras que deveríamos pensar muito se devemos escrever ou pronunciá-las. Não gosto e acho demasiadas em excesso para que as usemos. Por exemplo: "desgraçado e/ou infeliz". Já são palavras tristes por serem fortes. Quem já se encontra nessas situações não precisa mais nem lembrar que elas existem. Sofrem com o som ou com a escrita. Sou um tanto avesso à palavra não. Vai daí que deixo de usar com frequência e demoro a responder negativamente. Claro, quando em casos simples um não simplifica tudo. Mas penso e reflito muito sobre o não que machuca o interlocutor.

Há uma palavra que, sem a explicação, não leva a nada. Raciocinemos juntos, o "importante" é sempre importante. Em muitas das vezes, ela traduz a importância para um e não para todos os outros. Exemplifiquemos: Alguém foi à França e diz que achou a viagem "importante". Para ele(a) óbvio! Mudemos um pouco: Um(a) profissional da Medicina ou qualquer outra profissão vai a Paris, faz um curso e, ao voltar, está mais preparado(a) para tratar seus pacientes ou clientes, essa sim é uma viagem importante devido a se estender a todos. Passeios só foram importantes para os próprios.

Importante necessita de uma complementação, é o que penso! Não me atreveria jamais a dizer que está coluna (este comentário) é importante, os leitores é que devem avaliar e o qualificar! Em outras oportunidades, por outras regiões do país, o falar e o escrever divergem e não são entendidos numa primeira ocasião. Sabem aqueles meninos que oferecem aos motoristas ou passageiros, as vezes, laranjas, mangas, etc? Se você recusar, deve dizer "quero não". Eles prontamente entendem e se afastam. Caso contrário, se você disser "não quero", eles prosseguirão oferecendo, pois não entendem, talvez devido ao som, você continuará a ter a oferta. Até penso que eles estão com a razão devido a desvalorizarem o "não".

E aquelas palavras que não constam do vocabulário dos, diria, menos cultos e sem terem tido a oportunidade do estudo. Essas, muitas vezes, causam espanto e tanto "zumbido" nos ouvidos que podem causar erros ou condutas outras. Ontem e hoje, também, contam uma história mais ou menos assim. " Dois fazendeiros que gostavam de se visitar cedo do dia estavam conversando em um galpão e mateando, observados por um dos servidores da fazenda visitada. Conversa vai , conversa vem, um deles externou a preocupação pela morte de algumas cabeças do rebanho devido a um raio. Ele continua: "Ainda bem que, em compensação, uma parte das vacas não foi atingida, haviam dado cria e tudo bem"! O outro fazendeiro também se queixou: "Pois lá na minha fazenda o problema foi na lavoura de 'baixo' com a enchente, mas que, em compensação, estava tudo bem". O peão que ouvia tudo, muito educadamente, agradeceu por ter ficado sabendo o que era a tal de compensação. E logo se expressou radiante pelo aprendizado: "Graças a Deus agora eu sei o que é compensação, pois eu tenho um amigo que tem uma perna mais curta e, em compensação, a outra é mais comprida".

As palavras são assim mesmo, em não poucas vezes podem ser para todos nós desconhecidas, outras novidade, outras pouco usadas. O que nos leva a crer que sempre poderíamos - para não dizer deveríamos - buscar mais palavras para aumentar nosso poder de usá-las mais adequadamente. Escorado nesses pequenos argumentos, passaríamos menos aperto e concluiríamos que todos ganhariam. Um abraço a todos!

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