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OPINIÃO: Varejo, liquida e tendências

Ao escrever este texto, lembrei do meu avô, um grande comerciante do setor de couros no Vale do Sinos. Lembro-me quando eu o acompanhava em suas visitas às lojas e prestadores de serviço do setor. Aprendi muito com ele, e compreendi de fato como naquela época, aproximadamente há 40 anos, se fazia negócios. Pois bem, mas o que esse relato pessoal do passado tem a ver com o texto?

Desde aquele tempo é que vem a minha grande admiração a quem trabalha nesse ramo. Um marco importante desta história era que o meu avô se apresentava como "comerciante" e não "empresário". E tinha muito orgulho disso. Ele achava que de fato era um profissional que favorecia o comércio específico do couro. Então, no seu imaginário, o seu principal objetivo era comercializar produtos, definir preços, quantidade e a maneira de pagamento. Hoje, na contemporaneidade as coisas mudaram bastante em relação a esse tempo.

Atualmente, o lojista ou varejista tem que pensar em várias outras coisas, processos e rotinas para se efetivar um negócio. Não é mais apenas o preço, e sim uma série de outras ofertas para que de fato se consiga vender algum produto/serviço. Mas uma coisa não mudou: os comerciantes ou empresários ou lojistas são a ponta do iceberg do fluxo de negócios.

Então, hoje a loja tem que ter um "algo a mais", isto é, ela deve ser o "o ponto de contato", deve vender uma experiência ao consumidor, não apenas o produto em si. Esse tem que "ter" uma utilidade para o consumidor, como também, deve gerar satisfação para o comprador. Então, elementos como qualidade, credibilidade, garantia, marca, satisfação são essenciais na relação de consumo de hoje.

Pois bem, agora em fevereiro começa novamente um movimento importantíssimo para o comércio local, o Liquida Santa Maria, onde o propósito inicial é vender o estoque que ficou do passado. Mas, também além de vender, é o momento de se fazer novas propostas ou implementação de um novo processo. Mostrar novidades, atrair novos compradores e, enfim, concretizar e alavancar novas oportunidades. Lembre-se que, hoje, a venda não se finaliza mais no ato do pagamento. Ela vai muito além disso, o ofertante tem que atender a toda necessidade do consumidor moderno. Como expliquei no texto, além do ponto de venda, essa loja deve vender também uma experiência que de fato marque o comprador.

Portanto, que venham as liquidações e que além da redução do preço que os nossos varejistas possam também vender experiências para os nossos consumidores e que estes, além de encontrar ótimos preços, possam encontrar produtos de qualidade e úteis para o seu cotidiano. É um momento distinto. E assim não deixe de aproveitar para fazer grandes negociações!

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