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OPINIÃO: Santuário de Schoenstatt - 70 anos

Domingo, dia 15 de abril, foram comemorados os 70 anos do Santuário da Mãe Rainha 3 Vezes Admiravel de Schoenstatt. O mesmo foi inaugurado dia 11 de abril de 1948, com a presença do padre José Kentenich, fundador do movimento. Foi o primeiro santuário no Brasil. Hoje, são 22.

Assistindo à celebração na Igreja N. Sra. das Dores, recordei o tempo de criança, quando, aos 10 anos, ia buscar leite no tambo que havia onde hoje estão a Casa de Retiros e o Santuário. Morava na Rua Pinheiro Machado, e acho que duas vezes por semana me deslocava para buscar leite para a família, por ser de boa qualidade e custar menos. Naquele tempo, alguns leiteiros adicionavam água para aumentar o volume do leite. Quando chovia, a Rua Domingos de Almeida era um imenso barral. As carroças e carretas passavam trabalho. Eu afundava pés e pernas, e formava uma bota de barro. A rua nao tinha a continuidade de hoje, onde é a Avenida João Luiz Pozzobon. O deslocamento para aqueles lados, Estação Colônia (Camobi), era feito pela Rua Osvaldo Cruz, onde ficavam as oficinas da VFRGS, a filial da Cooperativa dos Ferroviários. Pouco mais adiante, instalou-se nesta mesma rua o Servo de Deus, João Luiz Pozzobon, com um armazém. Ele dedicou sua vida ao Santuário e à Mãe Rainha. Na Capela N. Sra. das Graças estão depositados seus restos mortais, onde todas as quintas-feiras acontece o terço dos homens. Sua Campanha do Terço nas familias, hospitais, presídios, ultrapassou as fronteiras do Brasil, expandindo-se pela América e outros países.

Lembro-me de quando o Santuário estava sendo construído. Chamava a atenção o estilo totalmente diferente das outras construções. Paralelo a este Santuário era construída a Cripta do Santuário N. Sra. Medianeira, que levou muitos anos para ser inaugurado.

Eu participava da Ação Católica quando da inauguração do Santuário de Schoenstatt, quando tomei conhecimento, através do monsenhor Valentim Ferrari (meu padrinho de crisma). Foi um acontecimento que não presenciei. Dizer o que representam para Santa Maria esses dois santuários, além da espiritualidade e das graças que foram e são alcançadas, o número de romeiros que se deslocam para Santa Maria são eventos constantes.

Eu tinha 15 anos quando o Santuário foi inaugurado. Seis anos depois, quando voltava para Santa Maria, depois de fazer meu curso de ótica, fui à joalheria dos meus pais, na Avenida Rio Branco, Edifício Piraju, encontrei meu pai com um senhor. Os dois estavam desenhando uma coroa. Meu pai me apresentou João Luiz Pozzobon. Quanta graça poder conhecê-lo. A coroa foi feita e anualmente era trazida até a loja para que outra pedra fosse colocada. O amor e a dedicação que João Pozzobon devotava à Mae Peregrina era a razão de sua vida.

Transcrevo parte de uma carta que ele enviou para suas filhas, quando estava na Europa, onde foi recebido pelo Papa:

Portugal, Gafanha (da Nazaré) 01/08/1979. Minhas filhas, Ely e Vilma Pozzobon, saudações do pai e diácono.

"Repito, sr. Ubaldo, ele faz bem de ir na Gayger, na Avenida Rio Branco, lá embaixo, entrar à esquerda, é casa, tem por fora, como tijolos pintados na frente, e encomendar a pedrinha de brilhante, igual às outras ou pouco maior, porque setembro está perto e eu não posso voltar por falta de lugar nos aeroplanos."

Vemos a preocupação que ele tinha com as coisas da mãezinha. O Santuário da Mãe e Rainha é destino constante para peregrinos, que durante todo o ano vêm visitar a Mãe e conhecer os passos do Servo de Deus, João Luiz Pozzobon. Hoje, nós, cristãos, temos que, juntos, pedir à Mãe e Rainha que abençoe o Brasil neste momento difícil que estamos vivendo, que aqueles que têm a responsabilidade sobre a nossa pátria busquem o bem de todos os brasileiros. E aqueles que se desviaram, buscando interesses próprios, recebam o merecido castigo, e se arrependam do mal que causaram ao Brasil.

Com a Mãe Aparecida, a Mãe Medianeira e a Mãe e Rainha, busquemos ser sal, fermento e luz na construção de um Brasil novo, conforme Cristo nos ensinou.

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