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Nova Palma, 60 anos

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Nova Palma é uma acolhedora cidade, situada na Quarta Colônia. Essa localidade é assim chamada em virtude de ter sido a quarta região de colonização italiana e a primeira fora da Serra Gaúcha. Abrange nove municípios: Silveira Martins, Ivorá, Nova Palma, Faxinal do Soturno, São  João do Polêsine, Dona Francisca, Pinhal Grande, Agudo e Restinga Sêca. Com, aproximadamente, 7 mil habitantes, emancipou-se de Júlio de Castilhos em 29 de julho de 1960.

Ontem, portanto, completou 60 anos de uma bonita trajetória, construída a partir da dedicação e suor de um povo trabalhador e abnegado. Então, nada mais justo do que comemorar esta data tão importante relembrando o passado, festejando o presente e projetando o futuro. Por falar em futuro, recentemente foi anunciado o edital de uma obra bem interessante: a construção da Rua Coberta, no centro da cidade, local que servirá para receber festividades, palestras e feiras.

Nova Palma é uma jovem senhora, reconhecida por sua história e venerada por suas belezas naturais. Dentre suas atrações turísticas, o Balneário Municipal, denominado Atílio Aléssio, possivelmente seja o mais conhecido. E com uma peculiaridade: situa-se no perímetro urbano, mais precisamente na entrada da cidade. Entornado pelo Rio Soturno, apresenta ótima infraestrutura, sendo destino de milhares de pessoas que, nos períodos de dezembro a março, vão procurar nas suas lindas paisagens o merecido descanso.

Outro ponto turístico chama a atenção: o Jardim das Esculturas. Idealizado por Rogério Bertoldo e sua esposa Giselda, conta com uma área de 60 mil m², onde estão expostas mais de 600 esculturas em pedra. Rogério cria as obras e Giselda administra o local. Trabalhando de 10 a 18 horas por dia, o escultor construiu o maior espaço de arte confeccionado por um único artista na América Latina.

Há outras belas opções para visitação. Podemos citar a Cascata das Pedras Brancas, a Caverna de Nossa Senhora de Fátima, o Centro de Pesquisas Genealógicas, a Cascata do Pingo, a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, o Monumento a Nossa Senhora da Salete, o Mirante Usina Hidrelétrica de Dona Francisca, situado no Distrito de Caemborá, entre outros.

Na minha trajetória musical, tenho o orgulho de ser um dos autores do Hino de Nova Palma, numa composição em parceria com meu amigo Humberto Gabbi Zanatta. Neste momento de comemoração, a ausência dele bate mais forte. O Zanatta foi muito cedo. Pouco antes da sua partida, participamos da Tertúlia, com a música Benedito, que acabou recebendo uma premiação. Ficou muito feliz. Alguns dias depois do festival, providenciei uma cópia do troféu e fui levar-lhe. Era dia de semana e eu estava com pressa. Mas me convidou para entrar. E fez um mate. Conversamos muito sobre música. Lá pelas tantas, sorridente, com o troféu na mão, entregou-me algumas letras e brincou: "agora vamos assombrar o mundo". Estava motivado e cheio de planos. Como imaginar que aquele seria o nosso último encontro?

Ontem, na live comemorativa aos 60 anos, sei que o Zanatta estava por ali. Participando, vibrando e cantando conosco. Ele gostava da "Terra da Palmeira". E a "Terra da Palmeira" gosta dele. O Zanatta segue vivo. Muito vivo. Nas músicas, nos poemas, nos livros. No legado que deixou.

Parabéns, Nova Palma, pelos 60 anos de história! No teu berço a natureza fez morada, abrigou teus filhos com carinho e fez do teu chão um orgulho para todos.

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