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Música para alma e para o corpo

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Não há quem não goste de ouvir música. Cada um com seu estilo preferido e de acordo com seu estado de espírito. Nesses tempos de pandemia ela se fez ainda mais presente, embalando os momentos de recolhimento, afastando os maus pensamentos, trazendo prazer e harmonia.

Não tenho a pretensão de promover uma reflexão acadêmica sobre a música, mas simplesmente lembrá-la como a grande e eterna companheira dos homens. O conhecimento dos seus benefícios para a saúde e o bem estar já existia no tempo de Aristóteles e Platão, mas o seu poder nem precisa ser comprovado, eis que ele é vivenciado por todos aqueles que têm o hábito de ouvi-la nas mais diferentes situações da vida.

Quem não gosta de celebrar suas conquistas e eventos felizes com um ritmo animado que convida para dançar e extravasa a alegria? Quem nunca se sentiu renovado ao cantarolar dentro do carro ou fortalecido com o alto som capaz de animar a faxina caseira? Quem já observou que o rádio é constante companheiro dos operários da construção civil? E os efeitos da música suave que é cantada para o bebê adormecer? Até os hinos de louvor cantados nos templos provocam maior ligação com o divino e reforçam a fé.

O emocionante relato do uso do rádio no CTI exclusivo para Covid-19, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, vem a se somar àquilo que já era conhecido. A ação das enfermeiras que atenderam o desejo de um paciente de 19 anos, alcançando um radinho para ele ouvir, estendeu-se entre a equipe que levou a experiência aos demais enfermos. O resultado foi um impulso à melhora e promoção de uma alta abreviada naquele setor. Essa prática já havia acontecido no final da segunda guerra, quando vários músicos foram convocados para tocarem em hospitais, como forma de tratamento dos soldados feridos.

A TV Globo, através do programa "The Voice +", atualmente no ar, vem apresentando grandes talentos musicais com mais de 60 anos, que emocionam os telespectadores com suas histórias de vida, suas vozes afinadas e um belíssimo repertório. São momentos de prazer que comprovam que a música ainda é uma comunicação universal e atemporal.

O singelo filme da Disney/Pixar, no Brasil chamado de "Viva - a vida é uma festa", além de retratar os valores da família e suavemente desmistificar a própria morte, consegue traduzir a força da música. Miguel, um menino de 12 anos, quer ser um cantor famoso, mas precisa lidar com seus parentes que desaprovam seu sonho. Em sua aventura desvenda os mistérios que envolvem o banimento da música por gerações dentro de sua família e, usando a memória afetiva, rompe as barreiras da demência de sua bisavó através do canto. Linda história, ela mesma uma verdadeira canção.

Nesses tempos de recolhimento forçado vamos permitir nos emocionar. A vida pode ser uma festa. Ela pode acontecer através do sonho de um menino, no aconchego do lar, no nosso serviço, num bom programa de TV e até mesmo dentro de um hospital. E como festa, a música é presença obrigatória.

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