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Mais uma viagem a Belém

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Desde março de 1992 eu não ia a Belém! Lá estivemos no mês de julho, maravilhosamente, Tania e eu.

Em 1979, convocado por meu velho amigo Volker Link, responsável pela elaboração do Plano Metropolitano da Grande Belém, lá me fui a fim de opinar sobre questões jurídicas. Minha tese de doutoramento na Faculdade de Direito da USP, em 1973, teve por objeto exatamente as regiões metropolitanas. Depois, em 1986, lá voltei duas vezes, participando da 11ª Conferência Nacional da OAB e do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Universidade Federal do Pará. Novamente em 1987, no 6º Congresso Brasileiro de Direito Administrativo. Palestras duas vezes por conta de estar lá e novamente em 1992, falando a respeito do tema do Direito pressuposto e do Direito posto e participando de uma banca examinadora de concurso para acesso ao grau de mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Pará.

Agora, na primeira semana do mês de agosto, lá nos fomos, Tania pela primeira vez.  Vinte e sete anos se passaram desde 1992. Fomos pelas mãos de um amigo de sempre, Milton Nobre, para que eu recebesse a Grã-Cruz de Ordem do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e falasse sobre a diferença entre lei e Justiça. Um velho tema, a respeito do qual não me canso repetir a lição do profeta Isaias: "O direito habitará no deserto e a justiça morará no vergel. O fruto da justiça será a paz, e a obra da justiça consistirá na tranquilidade e na segurança para sempre". 

Espaços de tempo nos permitiram que essa viagem se tornasse maravilhosa, mais do que tudo - entre nossos múltiplos passeios - a visita à Igreja de Santo Alexandre, que os jesuítas, com o auxílio dos indígenas da cidade, terminaram de construir por volta de 1719.

Um lugar encantado, de verdade. Além de tudo, porque após longo período de abandono, há alguns anos foi tombado pelo IPHAN e no seu espaço superior instalado o Museu de Arte Sacra do Pará. Em 1980, quando esteve em Belém, o Papa João Paulo II ali ficou hospedado, então a sede do Arcebispado de Belém. Caminhamos pela igreja como se flutuássemos pelo tempo. Fotos que então saquei evidenciam que a simplicidade é a síntese do tudo.

Em seguida, subimos três lances de escada e alcançamos o museu. Fascinados, assim como que amorosamente enlaçados pelos mais de 400 quadros, esculturas e peças sacras que lá estão. Mais e mais fotos então, agora nas minhas mãos!

A vida por aqui é mesmo formidável! O passado, o presente e o futuro então e agora se superpõem. Volker, Milton Nobre e Julio Cezar Ribeiro de Souza, que se foi deste plano em outubro de 1887, me abraçam. Aos que me leem sugiro que pesquisem, na Wikipédia, quem foi Julio Cezar! Pasmem, de verdade!

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