Apesar de acumular uma alta de 22,6% na arrecadação de ICMS no acumulado dos 10 primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado, Santa Maria começa a enfrentar dificuldades neste final do ano. De agosto para setembro de 2021, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) havia crescido só 1,0%, e seis dos 12 setores já registravam queda nas vendas. Já de setembro para outubro deste ano, houve uma queda geral de -1,0% na arrecadação em Santa Maria, e dos 12 setores, 9 já registram redução nas vendas. Os dados, obtidos junto à Receita Estadual, você só lê aqui na coluna, pois são exclusivos.
A pior queda de setembro para o mês passado foi dos produtos médicos e farmacêuticos, com -51,3%, mas vários outros setores importantes tiveram redução: polímeros (-17,7%), calçados e vestuário (-15,2%), transportes (-14,8%), metalmecânico (-13,7%), veículos (-11,1%), agronegócio (-10,9%) e supermercados (-5,9%). Isso acende um sinal de alerta.
Os fatores podem ser diversos, como redução da renda das famílias devido à alta expressiva da inflação em geral e de itens como energia elétrica, gás e gasolina, ou escassez de produtos, como dos veículos.
Quanto ao setor de supermercados, já é o segundo mês seguido com queda. De agosto para setembro, tinha havido redução: -7,4%. Agora, caiu de novo: -5,9%. De julho para agosto, o setor tinha crescido 5%. Como esse setor está diretamente ligado à compra de alimentos e itens básicos, essa redução em dois meses seguidos pode ser sinal de dificuldades de parte das famílias, que estão tendo até a alimentação afetada.
A liberação do auxílio inclusivo municipal para 8 mil famílias, agora em novembro e dezembro, e o início do pagamento do novo programa Auxílio Brasil, que deve aumentar em 17% o benefício médio de quem recebia o Bolsa Família, podem ser um alento para amenizar em parte essa queda de renda e do consumo. O pagamento do 13º salário e as compras de Natal são outra esperança de retomada da economia na cidade.