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Carta aos Advogados e Advogadas III

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Sempre no desejo de que esta encontre a todos e a todas bem, é a presente para, ao cumprimentá-los e cumprimentá-las, o fazer com ainda mais efusividade que o costumeiramente feito, pois decorre agosto, o mês que celebra a existência e o desempenho do ofício nosso de cada dia.

A advocacia, que como tenho dito já faz muito tempo, mais que mera profissão, ministério ou sacerdócio, consistente em jornada cívica enlaçada com serviço ao povo, saibam e tenham convicção, prossegue sendo objeto das mais variadas e graduadas homenagens em reconhecimento de seus préstimos à nação, por gentes e instituições de toda a natureza. Elas, as homenagens, notadamente se intensificaram no dia onze transcorrido, e tal preciso dividir convosco, ao passo que fruto do desempenho e disposição de cada um de vós, como meu também, estimados e estimadas colegas.

Por verdade, imagino o vosso desejo de tomar conhecimento de ao menos algumas delas, mas, perdoem, não traria exemplos nesta carta aberta, sob o risco e a pena de esquecimento momentâneo, e até falta de espaço em razão de seu número, a, na ausência de menção, fazer a alguém crer que seu afago não fora relevado. Mas os tranquilizo informando que todas, sem exceção, expressas em documento físico ou digital, ou mesmo verbalizadas telefônica ou pessoalmente, ficarão, para todo o sempre, registradas em nossos guardados históricos e coronários. E, logicamente, como tudo em nossa instituição, ao pleno dispor do senhor e da senhora, advogado e advogada.

Apesar de saberem, eu tenho certeza, as entidades e pessoas que nos trazem tais manifestações das alegrias que nos causam, é certo também que não dimensionam o tanto de regozijo e fortalecimento anímico que nos proporcionam, como peculiar a qualquer um que se depara com os frutos dos esforços empregados.

E ao falar nos sentimentos que nos semeiam, me refiro exatamente àqueles que nos pautam todos os dias, logo o da essencialidade (perene, não daquele tipo que só é invocado por algumas categorias outras que só a defraudam quando de seu interesse), por nós entendida e aplicada mais como um dever do que como um adorno.

Nestes tempos turvos, de incertezas e privações até mesmo da oportunidade de argumentar, esta nossa paixão, eis aí, para todos verem, nossa incapacidade absoluta e intransponível de nos postarmos inertes ou conformados. Sim, a sociedade testemunha, e como vemos, enxerga que não nos calamos, tampouco nos omitimos, a criticar o que não é compatível ao interesse coletivo e, principalmente, apontar o norte, dizer do rumo, apresentar a alternativa para a solução ou a atenuação do que é potencialmente ou efetivamente prejudicial aos nossos conterrâneos e compatriotas.

A história mostra a quem quiser ver, ainda que não intencione (sabe-se lá por quais razões ou intenções) que, como de costume, quando unidos e então fortalecidos, conquistamos e, assim, por consequência, toda a nação participa das vitórias alcançadas. Não nos pertence a faculdade de não comemorar, ainda que remotamente neste momento. Da maneira que pudermos, transpondo o cansaço, a angústia que é humana, portanto, de quinhão nosso também, e principalmente aos obstáculos e aos que os promovem, notem, colegas: temos o dever de prosseguir avançando. E eu tenho inabalável fé em vós nessa senda.

Por fim, estendo a cada um e cada uma, ainda que simbólico, um afetuoso, fraternal e apertado abraço, agradecendo a honra envaidecedora (ela é grande demais, impassível de não se qualificar nem que seja um pouquinho como vício tido por um dos pecados mundanos), eu confesso, de poder designá-los e chamá-los de colegas!

Meus pessoais cumprimentos a cada um que sustenta a si e suas famílias exercendo a fundamental e mais bela das atividades da espécie humana: promover justiça de verdade.


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