diário da esperança

As nossas dúvidas

O homem é, por natureza, um indivíduo movido por múltiplas necessidades. Dentre essas, a liberdade de ir e vir, na mais ampla acepção, e a de estar junto, unir forças para atingir os propósitos de vida, por tratar-se de um ser gregário.

Com a pandemia do coronavírus, fomos tolhidos do atendimento de muitas de nossas necessidades e anseios, pois, de repente, vimos nossas vidas completamente fora da rotina, longe de pessoas amadas, impedidos de transitar em lugares nos quais estávamos acostumados a frequentar, e assim por diante.

Como entender? Será que tudo tem resposta? Nem sempre é possível, porque, durante esse tempo todo, desde o início da pandemia, ainda procuramos respostas para nossas interrogações.

O que nunca muda é o que temos dentro de cada um de nós. Isto sim, é um patrimônio pessoal, que nos conduz há séculos, lembranças e sentimentos que construímos no decorrer de nossas caminhadas. Será que fomos esquecidos? Não. Porque cada um constrói a própria trajetória terrena em conformidade com a sua evolução e propósitos, decididos por nós mesmos, antes de retornarmos a este mundo, através da reencarnação.

Daí, também, nos perguntamos: será que fui abandonado espiritualmente? Nunca estamos sozinhos. A cada momento, o pensamento age de acordo com a nossa sintonia, que se conecta àqueles com os quais nos familiarizamos.

Para não potencializarmos nossas dores podemos buscar o autoconhecimento e descobrir o quanto temos a aprender, resgatar os bons sentimentos, em tempos difíceis, onde a compaixão deve estar presente em nossos corações.

O que será de nós no amanhã? Não sabemos, mas temos uma diretriz que nos faz refletir, que é a semeadura, da qual colheremos os frutos no porvir. Por isso, a busca pela união, o amor, a compaixão, a compreensão, a ética, a humildade e outras virtudes, tão importantes para nossa evolução espiritual, deve ser constante, a fim de não sofrermos as consequências negativas de nossos atos, muitas vezes equivocados.

Não nos cansemos de estimular o amor em todas as ambiências nas quais estamos presentes, dialogando, distribuindo gentilezas e sorrisos acolhedores, praticando a humildade, avaliando nossas atitudes e dando esta sustentação afetiva, principalmente a nossa família.

Reflitamos: "A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte. " (KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. De Guillon Ribeiro: FEB, 2013. Cap. IX, it. 7).

Texto: Luci Giaretta Stefanello
Presidente do Conselho Regional Espirita 4ª Região e trabalhadora da Sociedade Espírita Luz e Caridade

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