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Como os jogos eletrônicos podem ajudar no combate a depressão


Século XXI, ano de 2019. Os casos de depressão estouraram no Brasil e no mundo. São mais de 322 milhões de pessoas que sofrem da doença ao redor do globo, segundo os números mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Do outro lado da mesa de dados, nunca se jogou tanto videogame no planeta. Os números? Quase dois bilhões e meio de jogadores dispersados entre os seis continentes da Terra. Mas, afinal de contas, o que uma coisa tem a ver com a outra? Para a nossa coluna de hoje, tudo. É porque nós vamos entender como os jogos eletrônicos podem colaborar no combate a depressão. Vem comigo! 


A fuga momentânea da realidade 
Dias corridos. Pressão no trabalho. Prazos na faculdade. Contas a pagar! A vida nunca esteve tão sobrecarregada, e os transtornos do cotidiano, como bem sabemos, são um dos principais catalizadores para o desgaste de nossa saúde mental, como é o caso da depressão.  

Um recente estudo realizado nos Estados Unidos pela Universidade da Pensilvania, porém, destaca que uma boa maneira de combater os problemas que afetam a nossa saúde mental é justamente a utilização de jogos eletrônicos para que possamos esquecer momentaneamente da realidade.


Uma das conclusões da pesquisa é de que jogos eletrônicos exigem atenção do usuário para a obtenção de êxito nas diferentes tarefas que as obras propõem. Logo, este processo de imersão acaba por poupar o jogador de frustrações, medos e/ou preocupações que poderiam estar pairando por sua cabeça. É essa mudança de foco que alivia as chances de danos ao nosso ecossistema emocional, sendo uma excelente ferramenta para o combate da depressão.

Incentivo a resolução de problemas
Fugir da realidade e imergir em outros mundos é uma boa forma de combater a depressão e outros problemas que afligem a nossa saúde mental, como a ansiedade. Mas os videogames não auxiliam apenas na fuga, eles também incentivam a resolução dos problemas que nos corroem no mundo real. Essa é a conclusão de outro estudo de uma universidade norte-americana, que buscou compreender como os jogos eletrônicos podem colaborar no combate a depressão infantil.


Segundo o site MdeMulher, a Universidade da Carolina do Leste chegou à conclusão de que pessoas que ocasionalmente jogam videogame reduziram metade dos problemas relacionados a depressão e ansiedade. Um dos principais motivos elencados para este resultado é que, enquanto se joga, ocorre o incentivo a resolução de problemas, isso porque os jogos eletrônicos estimulam a reflexão por meio dos desafios; auxiliam na superação de traumas ante as histórias contadas, além de contribuírem para a diminuição da agressividade, já que muitas das frustrações são descarregadas em inimigos virtuais.

A conectividade com o mundo real
Um dos maiores sintomas da depressão é a dificuldade de socialização. O medo de se relacionar com pessoas e manter elos é assombroso para quem sofre com a doença. Por outro lado, por mais irônico que possa ser, o contato com um mundo virtual auxilia (permitan-me o trocadilho) na conectividade com o mundo real, o que, por consequência, ajuda no combate a depressão.

Não apenas os dois estudos aqui citados, mas também tantos outros concluem que, por exemplo, jogar jogos do gênero RPG (conhecidos pelo grande número de personagens com os quais você se relaciona, e consequentemente a vastidão de diálogos que dispõem) fomenta o trato com as pessoas e a criação de vínculos. Jogos para múltiplos jogadores online (os chamados "MMOS"), também são certeiros nesse sentido. No último caso, o contato é diretamente com outras pessoas reais, não sendo restrito aos personagens virtuais.

Não é preciso ser especialista em nenhuma área do conhecimento para concluir que a máxima de que "tudo em excesso faz mal" é uma obviedade. No tema em tela, a conclusão é a mesma.

Os jogos eletrônicos, comprovadamente, auxiliam no combate a depressão, mas isso não é justificativa para que ninguém passe o dia inteiro frente a uma telinha, tão pouco que se utilizem de conclusões científicas para justificarem os seus vícios.

A moderação é sempre a chave para uma vida melhor e mais saudável. Os jogos eletrônicos fazem parte deste universo de colaborações que se somam ao nosso bem-estar, e devem ser gerenciados sempre com moderação.

Até o mês que vêm.
Tchau!

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