sociedade

De Quem é a Culpa?


Nos últimos dias atingimos a triste marca de cento e quarenta mil mortos em decorrência da pandemia provocada pelo Covid-19. Nem nos perguntamos sobre de quem é a culpa, mas, sim, o que poderia ter sido feito para evitar tantas mortes, tanto sofrimento. Derivam-se dessa pergunta, muitas outras, sendo poucas com respostas significativas.

É claro que temos mais informações hoje do que quando a crise sanitária começou no Brasil, no início de março. Os cuidados necessários para se viver sob está pandemia são amplamente conhecidos e utilizados por aqueles que neles acreditam. O cansaço físico e mental da população, neste momento, faz com que todos queiram voltar á normalidade mesmo sem vacina garantida e distribuída amplamente.

Os riscos são altos; as mortes, diárias. Perdem-se muitas vidas. Segundo afirmações constantes, os maiores responsáveis - em maior ou menor grau - pela situação atual são a própria população, a presidência da república e, por fim, governadores e prefeitos.

A população, desde o início da pandemia, mostrou-se inquieta, não querendo aceitar a realidade, nem a gravidade do momento. Muitos desrespeitaram as orientações das autoridades quanto a ações e comportamentos. Nosso comportamento social - individualista e descuidado, dificultou muito o regramento necessário no momento atual, aumentando o risco de uma parcela significativa da população contrair Covid.

O presidente da república é talvez individualmente o maior culpado pela situação atual. Seu negacionismo, comportamentos e atitudes -que por vezes pareciam até um deboche - influenciaram uma grande parcela da população, colocando-os em risco desnecessário. Ao fazer pronunciamentos, negando a situação e promovendo medicamentos para prevenção sem a devida comprovação, arriscou vidas e desacreditou pesquisas.

Governadores e prefeitos são aqueles que estão na linha de frente no combate à crise sanitária. Reconheça-se que muitos deles enfrentaram dificuldades em razão da postura do presidente. Prefeitos e governadores foram aqueles que, de alguma forma, normatizaram a vida da população. Enfrentaram a posição de eleitores, sobre o que era e ainda é, exigido de todos nós. Mas devemos lembrar que se não tivéssemos essas exigências municipais e estaduais o desastre seguramente seria bem maior.

A crise sanitária ainda é grave. O Brasil não está livre do vírus, a desinformação faz com que pessoas continuem a correr risco de vida.Mesmo que o percentual de morte seja muito baixo, eu não gostaria de fazer parte dele.... Segurança total virá somente com a descoberta de uma vacina confiável o que - queremos acreditar - deverá ocorrer entre janeiro e abril do próximo ano. Até que uma vacina segura seja aprovada todo cuidado é importante.

É importante garantir a segurança de todos e unir a população para proteger suas/nossas vidas. É preciso valorizar quem procura nos proteger e denunciar quem, de uma forma ou outra, tenta desvirtuar o trabalho feito por aqueles que lutam, incansavelmente, pela melhor superação do difícil 2020 . Em algum lugar eu li "é provável que não saiamos melhores pessoas depois deste tempo...afinal é só uma pandemia e não um milagre".

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Democracia e serviço público

Anti-intelectualismo Próximo

Anti-intelectualismo