Foto: Janaína Wille (Diário)
Prefeito leu o pronunciamento ao lado da nova secretária de Administração
Pela primeira vez após o afastamento de dois secretários, procurador jurídico e uma servidora da prefeitura de Dona Francisca, o prefeito da cidade, Edaleo Dalla Nora (PP), se manifestou publicamente a respeito do assunto. Os afastamentos ocorreram durante uma ação do Ministério Público na última quarta-feira.
O prefeito, nesta manhã, se reuniu com a imprensa e leu um comunicado. De acordo com a manifestação, ele anunciou a engenheira Laura Hermes como nova secretária de Administração e Planejamento. Ainda conforme o prefeito, ela deve assumir, de forma interina, a secretaria de Finanças da cidade. Ainda não há definição sobre quem vai assumir o cargo na procuradoria jurídica. Ele anunciou que os quatro envolvidos serão exonerados e responderão processo administrativo disciplinar.
Ex-funcionários sofriam represálias por denunciar fraude, aponta investigação
Após ler o comunicado, o prefeito optou por não responder perguntas dos jornalistas, com o argumento de que não sabe detalhes sobre o andamento das investigações. A respeito das denúncias, ele se limitou a dizer que não sabe de nada e que não teve mais contato com as pessoas afastadas dos cargos.
- A administração municipal está colaborando com o andamento do processo. Foi um choque para mim, pelo pouco tempo de governo. Quero dizer a vocês que a minha vida é uma vida de pessoa honesta. Nasci numa família de agricultores, meu pai e a minha mãe tiveram 16 filhos. Estou tentando fazer o melhor para Dona Francisca honestamente - afirmou Dalla Nora.
O CASO
Na última quarta-feira, as quatro pessoas foram afastadas de seus cargos e não podem entrar na prefeitura: o então procurador jurídico do município, Luiz Carlos Bandeira, a secretária de Administração e professora, Raquel Miranda Keisman, o secretário de Finanças e serviços gerais, José Régis Bordin, e uma servidora (que também é suplente de vereadora) são suspeitos de integrar uma suposta organização criminosa para desviar dinheiro público por meio de diferentes iniciativas.
Segundo o coordenador dos trabalhos, o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, as pessoas são investigadas os crimes de fraude licitatória, peculato, prevaricação e patrocínio infiel. Eles são investigados por irregularidades na contratação de professores da rede municipal, desvio de doações de materiais de construções para pessoas carentes, dispensas de licitação e pagamentos irregulares e pagamento de horas extras em duplicidade.
*Colaborou Janaína Wille