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VÍDEO: Campanha destina kits de enxoval e itens de higiene para hospitais de Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Voluntária da Corrente de Bem, Zenaide e assistentes sociais, Karine e Rosaura mostram a produção das sacolinhas. Foto: Eduardo Ramos (Diário)

As sacolinhas do amor foram criadas ainda no início da pandemia, em 2020, pelo projeto Corrente do Bem. Os produtos são confeccionados por mulheres privadas de liberdade do Presídio Regional de Santa Maria, e são destinados para três hospitais da cidade. Nestes locais, as mães recebem as sacolinhas com kits de enxoval e os pacientes ganham itens de higiene.

De acordo com a voluntária da Corrente do Bem, Zenaide Zamban, a iniciativa começou com um objetivo pontual:

- A ideia surgiu no momento em que muitas pessoas estavam partindo em razão da Covid-19. Uma voluntária do projeto, que é enfermeira, nos contou, muito comovida, que entregavam para os familiares, em um saco de lixo preto, os pertences das pessoas quando elas partiam. Ela disse que isso era muito triste e gostaria que a Corrente do Bem produzisse um material para fazer a despedida - relata.

A partir disso, as voluntárias começaram a recolher retalhos de tecido e roupas que não eram mais usadas para fazer a sacolinha da despedida. Assim, além de auxiliar no processo de luto dos santa-marienses, a iniciativa também criava outra utilidade para materiais que iriam para o lixo.

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Após o início das atividades, a produção aumentou e passou a atender, além da Casa de Saúde, o Hospital Regional e o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).

Hoje, com a redução dos óbitos pela Covid-19, a campanha, nomeada agora como sacolinha do amor, conseguiu alcançar um público maior, como as mães dos recém-nascidos, que ganham um kit enxoval, e os pacientes dos hospitais em vulnerabilidade social, que recebem itens de higiene, como escova de dente, shampoo, condicionador, sabonete, entre outros.

Com o aumento das pessoas beneficiadas, cerca de 1 mil sacolinhas foram entregues nas três instituições de saúde participantes desde o início das atividades.

QUEM FAZ AS SACOLINHAS

A confecção das sacolinhas do amor é responsabilidade das apenadas do Presídio Regional de Santa Maria. São cerca de dez voluntárias do local que trabalham ativamente na montagem dos produtos nas máquinas de costura da Susepe. Além delas, outras mulheres privadas de liberdade também ajudam com os bordados.

- O material é feito com a criatividade delas, que tem um grande prazer em trabalhar com a confecção na oficina de costura. Para nós, enquanto equipe técnica, é um trabalho gratificante porque dá visibilidade para o trabalho das apenadas e mostra a capacidade artística e intelectual de quem está lá dentro - explica Rosaura Freitas, assistente social do presídio.

HOSPITAL CASA DE SAÚDE

O Hospital Casa de Saúde já recebeu cerca de 300 sacolinhas. Para Karine Carvalho, assistente social do local, esta se tornou uma maneira criativa de entregar para os pacientes as doações que chegam da comunidade, já que os pertences dos pacientes de Covid-19 já ficavam com os familiares desde o início da internação hospitalar.

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- O hospital, por atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS), recebe muitas doações da comunidade, como roupas, calçados e kits de higiene. Então sugerimos para a Zenaide utilizar as sacolinhas para essas doações. Nós notamos que é diferente entregar os kits em uma sacola do projeto ao invés de uma plástica. É humanizado, as pessoas ficam felizes, veem que foi feito com carinho e amor - conta Karine.

DOAÇÕES

A comunidade pode contribuir com as sacolinhas do amor com doações de retalhos de tecidos e roupas não usadas para o projeto. Para isso, basta entrar em contato com as voluntárias pelo Instagram.

Também é possível doar materiais de higiene e itens de enxoval para as sacolinhas na assistência social do Hospital Casa de Saúde. O espaço fica aberto das 9h às 15h e está localizado na Rua Ary Lagranha Domingues, número 188, no Bairro Nossa Sra.do Perpetuo Socorro.

*Laura Gomes

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