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RS solicita ao Ministério da Saúde que leitos de UTI Covid não sejam fechados

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Arquivo/Diário)

O Rio Grande do Sul pode ter um déficit de leitos de UTI Covid a partir de fevereiro. Isso porque o Ministério da Saúde anunciou que vai deixar de custear algumas unidades. Em resposta, governo estadual solicita à pasta federal que os leitos sigam funcionando diante da alta de casos.

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Seriam, ao todo, 1.057 leitos fechados. Há a possibilidade de habilitar 315 UTIs geral para tratamento da Covid. O déficit, porém, ainda seria de 742 unidades. Restariam 1.272 leitos intensivos operacionais para adultos e 178 para crianças.

- Estamos trabalhando pela manutenção da habilitação e do custeio destes leitos para evitar a falta de atendimento e o colapso do sistema de saúde gaúcho - reforçou o governador Eduardo Leite (PSDB) em live transmitida na quarta-feira.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) ainda não informou quais cidades podem ter leitos fechados. Nesta quarta-feira, um ofício foi encaminhado ao Ministério da Saúde com a solicitação de manutenção das unidades.

O que o Estado argumenta é que a média semanal de confirmação de infecções por coronavírus aumentou mais de cinco vezes no Rio Grande do Sul na última semana. Em menor proporção, também há aumento de internações clínicas. Já nas UTIS, em 2 de janeiro, o Estado registrou 238 internações. 12 dias depois, o número era 321.

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ANO PASSADO
Em dezembro de 2021, Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) decidiram pela conversão de 6,5 mil UTIs Covid em leitos convencionais. Na época, a explicação foi a queda expressiva no número de casos e internações pela doença, causando uma baixa ocupação. Durante outros momentos da pandemia, cerca de 26 mil leitos chegaram a ser habilitados, com recursos financiados do orçamento extraordinário. 

As unidades convencionais, que não eram reajustadas há uma década, terão novos valores em 2022. O custo da diária de leitos do tipo II passou de R$ 478,72 para R$ 600 no primeiro semestre deste ano, e vai a R$ 650 no segundo.

Leitos do tipo III terão reajuste de R$ 508,23 para R$ 700 no primeiro semestre, e R$ 750 no segundo. Leitos qualificados na Rede de Urgência e Emergência (RUE) e Rede Cegonha (RC) mantêm os valores do incentivo atualmente praticados. As diárias do leito de UTI para queimados serão reajustadas de R$ 322,00 para R$ 700,00, equivalente ao leito de UTI Tipo III devido à complexidade.

A habilitação permanente dos leitos de UTI adulto e pediátrico será definida após deliberação do Comitê Intergestores Bipartite (CIB), em 26 de janeiro. Conass e Conasems deverão fazer a indicação de quais devem ser convertidos. Os leitos Covid-19 que permanecerem abertos em 2022 serão pagos mediante apresentação de produção, nos valores atuais da diária, de R$ 1.600.

OCUPAÇÃO
Nesta quinta-feira, as UTIs do Rio Grande do Sul têm ocupação de 57%. São 3.095 unidades e 1.776 pacientes. Do total de internados, 472 tem confirmação ou suspeita para Covid.

Em Santa Maria, são 114 leitos intensivos. dos quais 50 estão ocupados. São 12 pacientes com Covid ou suspeita. As informações são da SES.

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