Casos suspeitos de coronavírus no RS sobem para 82

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira que os casos suspeitos do novo coronavírus subiram de 73 para 82. No país, o número de casos suspeitos são 488, 55 a mais que ontem. 

Exame descarta coronavírus em paciente de Santa Maria

No Estado, foram descartados 20 casos após diagnóstico para outras doenças e 21 foram excluídos depois que a investigação identificou que não se enquadravam nos critérios. Ainda não há nenhum confirmado. 

Na Região Central do RS, Cruz Alta tem dois casos suspeitos - porém, de acordo com a secretaria municipal de Saúde, um caso já foi descartado - e São Gabriel tem um.

O caso de Santa Maria, descartado ainda ontem pelo município, já não consta mais na lista de suspeitos do Ministério da Saúde.

Assista a coletiva de imprensa: 

No mundo, os casos suspeitos em novos países também aumentaram. Por isso, a relação dos locais monitorados deve aumentar. A partir de amanhã, será considerado caso suspeito quem apresentar a sintomologia e vier também dos Estados Unidos, além dos 16 países já listados: Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China.

- Entre hoje e amanhã, será divulgada uma nova relação de países em que o cuidado com o diagnostico e o enquadramento de casos suspeitos também poderá ocorrer quando as pessoas vierem desses outros locais - afirmou o secretário-executivo do ministro da Saúde João Gabbardo. 

PRIMEIRO PAÍS VIZINHO COM CORONAVÍRUS
A Argentina teve o primeiro caso confirmado do novo coronavírus nesta terça. Esse é o primeiro país vizinho do Brasil a ter um caso - um homem de 43 anos, morador de Buenos Aires, que havia viajado para a Itália recentemente.

Entretanto, de acordo com subsecretário de Vigilância em Saúde Wanderson Kleber Oliveira, o Ministério da Saúde ainda não tem mais detalhes, mas afirma que o país também está preparado para lidar com a doença. A Argentina ainda não entrou na lista divulgada pelo Brasil hoje. 

FAKE NEWS
Na coletiva, Gabbardo ainda comentou sobre as notícias falsas que tem sido disseminadas e, segundo ele, tem sido "muito prejudicial a toda a população". Ele citou um dos casos, sobre o álcool gel afetar o teste do bafômetro, informação que é falsa.

- Tem uma fake news circulando que o uso de álcool gel nas mãos poderia ocasionar o teste positivo no bafômetro. Isso pode ocorrer, mas tem uma diferença fundamental. O teste do bafômetro é feito com um equipamento diferente usado no vídeo. Ele só é positivo acima de 0,05 mg/l. Ele é sensível, mas esse tipo de coisa não ficaria positivo - explicou o secretário-executivo. 

O Ministério da Saúde tem, em seu site, um espaço exclusivo para esclarecer casos como esse. Qualquer pessoa pode entrar em contato com a pasta  pelo Whatsapp (61)99289-4640 para perguntar se determinada informação é verdadeira ou não. 

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O QUE SÃO CONSIDERADOS CASOS SUSPEITOS
Só são considerados casos suspeitos se o paciente tiver:

• Febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros), e histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;
• Febre e  pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; 
• Ou apresentar febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e contato próximo de caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Com o aumento de países com casos confirmados e suspeitos, a pasta pede que a população só procure atendimento médico caso se enquadrar em um dos três casos acima.

- Fora isso não tem necessidade de ficar perguntando e se investigar o coronavírus. Cerca de 50 notificações que estamos recebendo não se enquadram nos casos. Isso acarreta em sobrecarga do serviço - completa Oliveira.