Fuja dos ácaros: descubra quando você deve trocar de travesseiro e por que não é recomendado deixá-lo no sol

Fuja dos ácaros: descubra quando você deve trocar de travesseiro e por que não é recomendado deixá-lo no sol

Foto: Freepik

Além da troca no tempo recomendado, existem alguns cuidados básicos para manter o conforto, qualidade e higiene do travesseiro.

Depois de um dia cansativo, nada melhor do que uma boa noite de sono para recarregar as energias. Mas você já pensou que pode estar em contato direto com ácaros sempre que você for descansar? É o que acontece quando você não cuida do travesseiro da forma correta. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), um travesseiro com seis meses de uso já acumula cerca de 300 mil ácaros e, depois de dois anos, até 25% do seu peso é formado por ácaros e seus resíduos. Você sabe quais os cuidados para manter a qualidade e higiene do seu travesseiro? Consegue lembrar a última vez que você comprou um novo?

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Segundo o médico otorrinolaringologista e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Fabrício Scapini, a recomendação é de que a troca do travesseiro seja feita a cada 6 meses ou até a cada 2 anos. Mas, muito além da troca, existem alguns cuidados básicos que devem ser adotados no dia a dia:

— Deve-se sempre usar fronha, com troca semanal. Alguns podem ser laváveis, mas é preciso certificar-se se o fabricante recomenda ou não a lavagem, que, às vezes, pode requerer lavanderias especializadas. Outro aspecto interessante diz respeito ao rótulo de “anti-alérgico”. Todos os materiais, quando sintéticos, não causam nenhuma alergia. O que acaba favorecendo alergias respiratórias, principalmente, é o fato dos ácaros que acabam acumulando no travesseiro. Essa é a principal razão para se fazer a troca com certa frequência.


Os ácaros são animais microscópicos, responsáveis por grande parte das doenças respiratórias como rinite e asma.

Como escolher o travesseiro ideal?

O especialista explica que a escolha de travesseiros e colchões é pessoal. O modelo e espessura varia conforme a preferência e do modo principal de se posicionar para dormir. 

Pessoas que dormem de lado devem priorizar um travesseiro um pouco mais firme para não ficar com a coluna cervical curvada demais. Já quem dorme de barriga para baixo, pode preferir travesseiros mais finos. 

Travesseiro no sol: pode ou não?

Um cuidado comum adotado por muitas pessoas é deixar o travesseiro no sol na intenção de eliminar as bactérias, mas, na verdade, estão fazendo o contrário:

— Não se deve colocar o travesseiro no sol. Isso acaba por promover um efeito inverso nos ácaros, que migram para o interior do mesmo e acabam proliferando mais. Passar aspirador de pó é uma alternativa, e aguardá-los em locar arejado.

Como lavar o travesseiro?

Foto: Freepik


Alguns travesseiros podem ser lavados com água, enquanto outros podem até ser colocados na máquina de lavar, tudo depende do material que ele é fabricado. Veja a orientação para os modelos mais comuns: 

  • Fibras de poliéster: podem ser lavados na máquina
  • Penas: apenas em lavanderias, senão correm o risco de ficar com mau cheiro
  • Espumas sintéticas, feitos de poliuretano ou de visco — travesseiros da “Nasa”: não podem ser lavados, senão estragam
  • Espumas natural — travesseiros feitos de látex: podem ser lavados normalmente. Já a secagem deve ser feita na sombra

Travesseiro anti-ronco: mito ou verdade?

O ronco e apneia são os problemas mais comuns na hora de dormir. Segundo o especialista, relatos de cansaço, sonolência excessiva diurna, sensação de falta de energia e disposição, além da irritabilidade, cefaleia, impotência sexual, redução da memória e concentração, e até mesmo o fato de ter que levantar durante noite para urinar podem estar relacionados à apneia obstrutiva do sono. Esse distúrbio causa a parada momentânea da respiração por tempo suficiente para interromper o sono, reduzindo a qualidade do descanso. Por isso, é fundamental buscar ajuda profissional:

— Em relação ao ronco e apneia, não há travesseiros que resolvam essa questão. Não existe evidência científica que ajudem e, eventualmente, podem resultar em desconforto cervical. Sempre que os sintomas (citados acima) estiverem presentes, devem ser avaliados por um médico que trabalhe na área, como otorrinolaringologistas, pneumologistas, neurologistas ou psiquiatras. O tratamento correto melhora muito a qualidade de sono e de vida dos pacientes.


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