Santa Maria recebe cerca de 30 denúncias por dia de locais com possíveis focos de dengue

Santa Maria recebe cerca de 30 denúncias por dia de locais com possíveis focos de dengue

Foto: Beto Albert (Diário)

Mutirões contra a dengue são realizados no município com o apoio da Universidade Federal de Santa Maria e do Exército

Cerca de 30 denúncias envolvendo focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, são recebidas diariamente pela prefeitura de Santa Maria. Em visita aos locais, agentes de Saúde Pública e Vigilância Ambiental checam se há presença de focos ou ambientes propícios para a proliferação do mosquito e orientam a população. Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde, também são emitidas, em média, duas notificações por dia, com prazo de cinco a sete dias para que sejam tomadas as providências.

–  As notificações são usadas quando não é possível a solução imediata, mas, na grande maioria das vezes, a denúncia é solucionada no ato – explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Alexandre Streb.

Caso a situação não seja regularizada, o responsável fica sujeito a multa que pode variar de R$ 400 a R$ 15 mil. Se for uma empresa, pode ocorrer a interdição da atividade comercial.

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Casos comuns

Por dia, as equipes realizam cerca de 30 atendimentos a denúncias. Entre as situações mais recorrentes estão o depósito de resíduos de forma irregular, pneus com acúmulo de água e falta de tratamento em piscinas e caixas d’água. 

Lixos acumulam água e servem como criadouro do mosquito Aedes aegyptiFoto: Beto Albert (Diário)

Um dos denunciantes é o autônomo Jorge da Silva Severo, 63 anos, morador do Bairro Parque Pinheiro Machado, na região oeste de Santa Maria, que está preocupado com o  acúmulo de lixo em um terreno baldio ao lado de sua casa. No local, é possível verificar que o espaço serve como depósito de sucatas automotivas que acumulam água, além de muito lixo.

– Já denunciei inúmeras vezes. De manhã e no fim da tarde não dá para aguentar tanto mosquito. Meu filho e minha nora, que estava grávida, já pegaram dengue, eu escapei, mas se continuar assim eu não escapo – afirma.

Foto: Beto Albert (Diário)

O trabalho de combate à doença

Além do atendimento à denúncia, o trabalho dos agentes inclui o acompanhamento de pessoas contaminadas pela doença e a vistoria de pontos estratégicos do município que podem representar risco. Em casos de denúncias que envolvem terrenos baldios, por exemplo, as equipes de outras secretarias, como a de Fiscalização e Infraestrutura e Serviços Públicos, também são responsáveis pela checagem.

Desde o dia 16 de março, mutirões contra a dengue são realizados na cidade com o apoio da Universidade Federal de Santa Maria e do Exército. As ações seguem até o dia 22 de março e percorrem diferentes bairros. 

Dificuldade em identificar responsáveis

Conforme Streb, um dos maiores desafios encontrados no combate à doença está no contato com proprietários de residências onde são identificadas situações irregulares. Há casos em que os agentes vão até o local, identificam o problema, mas não conseguem fazer com que a notificação chegue até um responsável. 

– Não temos poder de polícia e, às vezes, acabamos tendo que entrar com ação judicial contra esse morador para que seja a ele permitida uma medida mais intensa de entrar nesse terreno para fazer a retirada de lixo. Portanto, isso envolve uma questão jurídica e que, infelizmente, leva tempo – explica.

Ainda de acordo com o superintendente, uma comissão especial instalada na Câmara de Vereadores tem debatido a necessidade de buscar alternativas para que os casos sejam corrigidos mais rapidamente.

Como denunciar

Em Santa Maria, a Vigilância em Saúde disponibiliza números de telefone e outros canais para a comunidade denunciar possíveis focos de dengue. Confira:

  • Superintendência de Vigilância em Saúde – (55) 3174-1581 (opção 2) – segunda a sexta-feira das 8h às 13h
  • Whatsapp – (55) 7400-5525 
  • Formulário na página da prefeitura de Santa Maria – clique aqui

Faça a sua parte:

  • Mantenha a caixa d’água sempre fechada
  • Encha de areia, até a borda, os potes e os vasos de plantas
  • Não deixe a água da chuva acumular em recipientes
  • Mantenha tampados tonéis e barris de água
  • Guarde garrafas de cabeça para baixo
  • Recolha seus resíduos
  • Use repelente
  • Utilize inseticida em locais escuros (perto do chão e proximidades de piscina)
  • Atenção às piscinas, especialmente as de plástico
  • Para denúncias de locais com água parada, ligue para (55) 3174-1581


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