opinião

Votação da prorrogação do ICMS demonstrou maturidade política

Jaqueline Silveira

Foto: Guerreiro (Divulgação)

Talvez nem os mais otimistas integrantes da equipe do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), imaginaram uma vitória tão folgada na aprovação da prorrogação das alíquotas do ICMS por mais dois anos, ontem, na Assembleia Legislativa. Foram 40 votos a favor e 10 contrários. Em 2015, o governador José Ivo José Sartori (MDB) conseguiu aprovar o aumento do imposto pela diferença de um voto, dado pelo ex-jogador Jardel.

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A aprovação folgada do futuro governo teve a colaboração de adversários, a bancada do PT votou em peso, no caso os 11 deputados. O PCdoB também. A vitória é de Eduardo Leite, principalmente, que foi pessoalmente conversar com os partidos de oposição. Também do seu futuro chefe da Casa Civil, ex-prefeito de Caçapava Otomar Vivian (PP, na foto, ao centro, na sessão de ontem), que, além de percorrer gabinetes nos últimos dias em busca de apoio, foi na segunda-feira na bancada petista entregar a resposta do governador eleito sobre as exigências feitas pelo partido adversário, como um cronograma para pagamento dos servidores. O tucano sinalizou que poderá atender algumas das condições.

Acima de tudo, a votação de ontem foi uma demonstração de maturidade política diante da situação financeira do Estado: sem o ICMS, as coisas só piorariam, embora nunca seja bom aumentar impostos. O futuro governador deu o primeiro passo ao ir até a oposição e pedir seu apoio, motivo pelo qual chegou a ser criticado por companheiros nas redes sociais. E o segundo foi dado pelos adversários que compreenderam o momento difícil do Estado: a derrota só selaria o fundo do poço. É claro que é só o início e nem sempre a gestão tucana terá tanta facilidade na Assembleia, mas a decisão foi um alento com o Estado sendo priorizado.

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