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VÍDEO: a urna eletrônica é segura?

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Usada desde 1996, a urna eletrônica atesta a segurança e inviolabilidade desse método de votação. Neste segundo turno, ela será usada mais uma vez em 57 cidades onde há disputa de segundo turno para prefeitos, incluindo Santa Maria. Mas você sabe exatamente o que acontece após confirmar o seu voto e deixar a seção eleitoral? 


A "zerésima"
No dia da eleição, antes mesmo de os eleitores começarem a votar, os mesários imprimem a "zerésima". Trata-se de um comprovante de que não há nenhum voto na urna. Esse procedimento é acompanhado por fiscais dos partidos. Em seguida, a urna é lacrada, para que tenha início o processo de votação.

Voto embaralhado
Assim que o eleitor aperta o botão verde, o "confirma", seu voto é mandado para uma tabela, onde é embaralhado junto com os demais. Segundo o TSE, esse procedimento dificulta ainda mais caso alguém tente descobrir em quais candidatos o eleitor votou. A urna eletrônica não é conectada à internet. 

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Todos os votos registrados ficam salvos em duas memórias, uma interna e outra externa. Com isso, caso a urna precise ser trocada durante o dia, os votos já armazenados continuam preservados. Ao final, com o encerramento da votação, os votos são apurados. É gerado o Boletim de Urna (BU). O BU é um extrato dos votos registrados para cada candidato/legenda, contendo também os votos nulos e brancos, além da seção eleitoral daquela urna e quantos eleitores votaram, embora não haja registro associando o eleitor ao voto.

Transmissão
Uma versão digital do BU é levada a um centro de transmissão, que pode ser no próprio cartório eleitoral, no local de votação ou na sede dos tribunais regionais eleitorais (TREs). Essa etapa também contém mecanismos de segurança, uma vez que o BU é criptografado e só pode ser lido pelo Sistema de Totalização da Justiça Eleitoral. Os votos são transmitidos por um canal exclusivo e protegido, e só a Justiça Eleitoral tem acesso. 

Nas eleições anteriores, os votos foram totalizados nos TREs. Este ano, porém, a contagem e a soma dos votos foram feitas, de forma centralizada, no TSE.

Versões impressas do BU são afixadas nas seções eleitorais e entregues aos fiscais dos partidos. O boletim também é divulgado na internet, para dar publicidade ao resultado. A partir da confirmação do voto, todo o processo de apuração é digital e criptografado, não havendo intervenção humana.

Mais de 147,9 milhões de eleitores estavam aptos a participar do primeiro turno das eleições municipais deste ano. Cerca de 113 milhões exerceram o direito ao voto no último dia 15. Em 57 cidades do país haverá segundo turno para o cargo de prefeito.

Fiscalização e auditoria 
Seis meses antes de cada eleição o sistema é aberto para que mais de 15 instituições, como partidos políticos, Ministério Público, Polícia Federal, universidades e entidades de classe, se habilitem para verificar os programas que serão adotados. 

Após este período, os programas são lacrados e blindados, passando por mecanismos de segurança por meio de assinaturas. Estas consistem em autorizações dadas por gestores e diretores do tribunal, da Procuradoria-Geral da República e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Uma cópia fica no cofre do tribunal como alternativa para verificação. Outras são enviadas para os tribunais regionais eleitorais. Quando o software é instalado nas urnas, estas o leem e conferem as assinaturas. Apenas desta maneira a urna funciona.

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Outro procedimento de fiscalização feito pela Justiça Eleitoral é selecionar determinadas urnas na véspera da eleição e proceder uma simulação dos votos nas sedes dos TREs. Isso ocorre com a participação de representantes das candidaturas, com câmeras filmando os votos e após o fim do procedimento há uma conferência se os votos vistos correspondem àqueles registrados na máquina.

O TSE também disponibiliza ao eleitor, a possibilidade de simular o voto em urna eletrônica, antes do pleito. Em anos anteriores, essa simulação era feita em pontos de grande circulação, com urnas eletrônicas físicas. Este ano, no entanto, por causa da pandemia de covid-19, o Tribunal disponibilizou o simulador de voto pela internet.

Após cada pleito, o TSE e a Justiça Eleitoral avaliam o desempenho do sistema e discutem o que pode ser inserido, tanto nos equipamentos quanto nos programas utilizados.

Eleições 2020
Neste ano, as urnas foram utilizadas no 1° turno, sem registro de fraudes. Houve um atraso na apuração de pouco mais de duas horas. Diferentemente de anos anteriores, em que os resultados eram repassados aos tribunais regionais e destes ao TSE, neste ano o método de apuração adotado foi o de envio direto dos dados ao Tribunal Superior para consolidação da apuração nas cidades. 

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, pediu desculpas pelo atraso e justificou a demora pelo fato do sistema de informática do tribunal ter tido um problema para processar as informações enviadas e centralizadas nele.

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