Veja quem sai fortalecido ou enfraquecido para as eleições municipais

O resultado das urnas deu início à movimentação das peças do tabuleiro que definirá quem vai dar o xeque-mate na disputa municipal de 2016. Mesmo à espera pela definição das eleições majoritárias no Estado e país, já há certezas. O PT manteve o escore, mas nomes tradicionais do partido perderam espaço. O atual governo municipal saiu enfraquecido das urnas com o resultado aquém do esperado por parte de seus representantes.  O PSDB, que ainda se recuperava da derrota de 2010, ressurge com uma votação expressiva.

Santa Maria reelegeu os mesmos três representantes: Paulo Pimenta (PT), na Câmara Federal, e Jorge Pozzobom (PSDB) e Valdeci Oliveira (PT) na Assembleia. Mas houve surpresas. Pozzobom alcança a maior votação entre os candidatos ao parlamento gaúcho e sai fortalecido.

_ Serei o prefeito. Só não sei quando _ despistou.

O PT, amparado no apoio histórico de um terço do eleitorado santa-mariense, é mais reservado ao falar sobre o futuro. Pimenta e Valdeci não comentam 2016 e dizem apenas que a sigla sai forte para a briga.

_ Certamente, teremos um papel de protagonismo _ resumiu Pimenta.

Valdeci é mais cauteloso, mesmo sendo apontado dentro da sigla como o nome mais forte ao próximo pleito municipal:

_ É cedo para nomes.

As derrotas dos petistas Fabiano Pereira, mesmo com um total de 74,5 mil votos, e Helen Cabral, 10,8 mil votos, no total, deixaram ensinamentos.

_ Talvez tenha de ter mais unidade. Servirá de lição _ disse um líder petista.

Na base governista, decepção. A baixa votação de Fátima Schirmer (PMDB), com 9,3 mil votos, no total, e de outros candidatos aliados ao atual prefeito sinaliza dificuldade do grupo que comanda Santa Maria em conquistar o eleitorado.

_ Falar sobre isso agora não é indicado _ esquivou-se o prefeito Cezar Schirmer (PMDB).

Marcelo Bisogno (PDT), com 17 mil votos dele e da sigla na cidade, ambiciona mais espaço.

_ O PDT vai estar na chapa majoritária. Vamos ter candidatura própria ou seremos o fiel da balança _ projetou.

Neste cenário, o vereador Werner Rempel (PPL), mesmo com votação  tímida de 12,3 mil já fala que quer o comando da cidade. Para isso, não descartar nenhum tipo de aliança.

_ Devem ser feitas em cima de ideias comuns _ sentenciou.

Nomes que correm por fora

Dentro deste universo de ambições e táticas,  outro fator deve ser decisivo em 2016. A expectativa de ter segundo turno para prefeitura de Santa Maria, já que a cidade tem mais de 200 eleitores,  deve mudar o cenário.

Há a possibilidade de ocorrerem alianças improváveis, e as peças podem se movimentar e aparecer nos lugares mais inusitados no tabuleiro da política local.

Vereadores não se elegem

Cinco dos atuais 21 vereadores de Santa Maria tentaram conquistar seu espaço na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal. Ovidio Mayer (PTB) foi o único candidato a deputado federal entre os vereadores. Marcelo Bisogno (PDT), Werner Rempel (PPL), Manoel Badke (DEM) e Paulo Denardin (PP) concorreram à Assembleia. Apesar de nenhum ter sido eleito (um deles, suplente), todos avaliam como positiva a participação no pleito como forma de ganhar projeção política, tanto entre os eleitores da cidade quanto dentro de seus partidos.

Somados, os votos dos quatro candidatos a deputado estadual, num total de 42 mil, seriam suficientes para a conquista de uma cadeira na Assembleia.

_ O problema não é a cidade ter muitos concorrentes, o problema é o eleitor votar em pessoas de fora que, muitas vezes, quando eleitos, nunca vêm à região nem defendem os interesses daqui. Diluir os votos entre nós é positivo, eu inclusive incentivo que os políticos daqui tenham a coragem de se candidatar _ disse Ovidio Mayer.

Para Werner Rempel, seria complicado um vereador abrir mão da candidatura em função de outro para não diluir os votos porque todos s"