eleições 2018

Quem são os senadores que vão representar o Rio Grande do Sul

da redação

O Rio Grande do Sul definiu os dois nomes que representarão o Estado, nos próximos oito anos. Paulo Paim (PT) e Luis Carlos Heinze (PP) ocuparão duas das 54 vagas disponíveis no Senado. A surpresa foi Heinze, que aparecia em 4º lugar nas pesquisas de intenção de votos, atrás do candidato Beto Albuquerque (PSB) e teve 21,94% dos votos válidos. Enquanto Paim conquistou 17,75% dos votos e vai para o terceiro mandato como senador, o defensor do agronegócio deixa a cadeira de deputado estadual para a sua primeira legislação como senador.  

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No total, o Senado tem 81 senadores, com o mesmo número de representantes para cada um dos 26 Estados mais o Distrito Federal. Os dois gaúchos eleitos se juntam ao jornalista Lasier Martins (PSD) eleito em 2015, que cumpre o mandato até 2023.

Foto: Cleia Viana (Câmara dos Deputados)

LUIS CARLOS HEINZE
Na carona da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP), 68 anos, apontado em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto, elegeu-se senador, ontem, em uma virada não captada pelos institutos. Nascido em Candelária, Heinze é engenheiro agrônomo formado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e produtor rural. 

Formado em Engenharia Agronômica em 1973 foi professor entre 1974 e 1975 e secretário municipal da Agricultura de São Borja em 1989, onde também foi prefeito, de 1993 a 1996, pelo PPB. A partir daí, Heinze, que tem origem no PDS (atual PP), se elegeria cinco vezes consecutivas para a Câmara dos Deputados, alavancado principalmente pelo voto ruralista. Na Câmara dos Deputados, integrou o Conselho de Ética como suplente e foi vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. No Congresso, ele integra a chamada bancada ruralista, representante dos interesses do agronegócio. No entanto, a militância política de Heinze começou em Santa Maria, quando ele foi diretor da Casa do Estudante Universitário, de 1971 a 1973, e presidente do Diretório Acadêmico de Agronomia, de 1972 a 1973. 

Heinze assumiu sua candidatura ao Senado com resignação, já que ele era pré-candidato do PP ao governo do Estado. Para compor em nível nacional com o PSDB, o PP gaúcho retirou a candidatura dele para o Palácio Piratini, o que desagradou, também, as bases do PP gaúcho. Tanto que Heinze apoiou Bolsonaro no lugar da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), que tinha como candidata a vice-presidente a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos.   

  • Nome: Luis Carlos Heinze 
  • Idade: 68
  • Naturalidade: Candelária
  • Profissão: Engenheiro Agrônomo, produtor rural e professor
  • Carreira política: Deputado Estadual, prefeito de São Borja
  • Principais feitos políticos: Autor do projeto que acaba com a exigência do símbolo da transgenia nos rótulos dos produtos com organismos geneticamente modificados (OGM), como óleo de soja, fubá e outros produtos derivados
  • Propostas: Trabalhar pela renegociação da dívida do estado e defesa as carências dos agricultores rurais. Implantação de um sistema único de segurança pública, integrando a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Brigada Militar 

Foto: Divulgação

PAULO PAIM
Um dos 10 filhos de Ignácio Alves Paim e Itália Ventura da Silva, Paulo Paim, 68 anos, nasceu em Caxias do Sul, onde viveu até sua adolescência. Na militância política desde cedo, vai para o seu terceiro mandato como Senador, além de ter sido Deputado Federal por quatro legislaturas. 

Ainda com 12 anos, estudou no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), quando definiu sua profissão de metalúrgico. Na escola, o então chamado ginásio, foi presidente do Grêmio Estudantil do Ginásio Alberto Pasqualini. Após se formar em metalurgia, mudou-se para Canoas, onde trabalhou em algumas empresas. Lá, fortaleceu sua militância sindical, sendo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, quando brigou pela valorização salarial, liderando uma caminhada até o Palácio Piratini. Entre 1983 e 1986, ajudou na criação e foi secretário e vice-presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT). 

Neste tempo, em 1985, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT), e, no ano seguinte, eleito Deputado Federal, quando participou da elaboração da Constituição Brasileira. Reelegeu-se por quatro eleições seguidas, em 1990, 1994 e 1998. No pleito de 2002, conquistou o primeiro mandato como Senador. Depois, em 2010, conseguiu a reeleição. 

Durante esses 32 anos de vida política, atuou em causas importantes. É de sua autoria o Estatuto do Idoso, o Estatuto da Igualdade Racial, o Estatuto da Pessoas com Deficiência, além de ter sido relatos do Estatuto da Juventude. 

  • Nome: Paulo Renato
  • Idade: 68 anos
  • Naturalidade: Caxias do Sul
  • Profissão: Metalúrgico
  • Carreira política: Deputado Federal e Senador
  • Principais feitos políticos: Relator e criador de leis e estatutos como o do idoso, da pessoa com deficiência, da igualdade racial, da juventude e atual relator do Estatuto da Adoção
  • Propostas: Defende a revogação da Reforma Trabalhista e a aprovação do Estatuto do Trabalho, chamado de nova CLT; Anulação da Emenda 95, que congela os investimentos em saúde, segurança e educação por 20 anos; Contra a Reforma da Previdência; Melhorias nos direitos das mulheres e dos agricultores.

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