Especial Eleições 2014

Futuro governador terá o desafio de definir quem irá gerir o Hospital Regional

Lizie Antonello

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Está lá, previsto na Constituição Federal: saúde é direito de todos e dever do Estado. Essa responsabilidade é dividida entre União, estados e municípios. A cada um cabe uma fatia de investimentos, prestação de serviços e fiscalização. Apesar de não possuir serviços próprios de saúde no interior, o Estado destina recursos ao Samu, à UPA, em medicamentos e até na rede de atenção básica, sem falar no trabalho de regulação de leitos de UTI e de exames de alta complexidade.

Na área da saúde, o principal desafio do próximo governador será o de colocar em pleno funcionamento o hospital regional. Esse é o tema da última reportagem da série especial de eleições, que começou na edição de 23 e 24 de agosto (veja quadro abaixo).

O Estado é responsável pela obra do regional, anunciada há 11 anos, que está 95% concluída. O investimento chegará a cerca de R$ 47 milhões. O prazo de entrega da obra e abertura do hospital já mudaram, pelo menos, cinco vezes (veja o que falta e como será o hospital na página 14).

Nos últimos dias, saiu uma nova  previsão: entre novembro ou dezembro deste ano. Porém, é apenas parte das promessas que envolvem o regional. O Estado ainda tem de mobiliar, equipar e definir quem fará a gestão.

Depois de mais de uma década, entre negociações e obras, que perpassaram os últimos três governos, a Secretaria Estadual de Saúde promete ainda para 2014 os primeiros serviços na área de reabilitação. Deve abrir com apenas 14% do número de leitos previstos: 30 dos 213 projetados. Apesar de garantir que tem cerca de R$ 30 milhões para equipar os setores, em geral, os materiais não são disponibilizados a pronta entrega, o que pode levar meses.  Depois de pronto e mobiliado, será preciso definir quem vai administrar o complexo e contratar cerca de 625 servidores.

O Estado negocia com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Ministério da Educação para que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) assuma a gestão e faça a seleção de pessoal.
A expectativa é que um termo de cooperação, que antecede o convênio, seja assinado na terça-feira em Santa Maria. O custeio será dividido entre Ministério da Saúde, Ministério da Educação e governo estadual. Em pleno funcionamento e com uma taxa de ocupação prevista de 90%, o regional exigirá um investimento de R$ 36 milhões por ano. Ou seja, o próximo governo terá de reservar parte do orçamento do Estado para o custeio mensal.

O complexo será a mais moderna estrutura de atendimento em saúde pública no município atendendo aos moldes da Rede Sarah de Brasília, uma referência nacional em reabilitação de politraumatizados. Diferentemente do Hospital Universitário (Husm), que faz um atendimento regional, recebendo pacientes de 44 municípios, o hospital regional vai atender pacientes de todo o Estado.
Além de traumas, o complexo será ainda referência para atendimentos de queimados, cujo encaminhamento de pacientes da região atualmente é Porto Alegre, distante cerca de 290 quilômetros de Santa Maria.

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