data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Ainda em março quando o país tateava acerca das informações do vírus que surgiu do outro lado do mundo, e, que, em pouco tempo, avançou sobre o Ocidente, o Brasil buscava entender o que estava em curso. Em poucos dias, governadores e prefeitos foram tendo dimensão do que se tratava a Covid-19 e, em poucas semanas, o país começava a montar um cerco de proteção - tanto nos setores produtivos da economia (com o fechamento do comércio) quanto no fechamento de escolas - para se precaver do pior: a perda de vidas.
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No quinto maior município do Rio Grande do Sul, o Executivo municipal lançou uma série de medidas que pudesse baixar a possibilidade de óbitos e, principalmente, de preparar a rede de saúde (pública e privada) frente ao avanço da doença.
A partir do fim do mês de março e começo de abril, Santa Maria começou a ser contemplada com emendas parlamentares da bancada gaúcha tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.
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GESTO IMPORTANTE
Além disso, a Câmara de Vereadores fez o primeiro gesto ao governo municipal ao assegurar a integralidade da aplicação das emendas impositivas para a saúde do município. Assim, o instrumento que já previa 50% dos recursos para a área, teve, então, 100% do montante revertido para ações de enfrentamento ao novo coronavírus. Assim, a cifra para a saúde, foi elevada de R$ 3,1 milhões para R$ 4,7 milhões. Ou seja, a Câmara garantiu mais R$ 1,6 milhão.
Santa Maria contabiliza, ainda, duas frentes de recursos no front. A primeira é o Fundo Municipal de Saúde, e, a outra, é o Fundo Estadual de Saúde. O maior montante, até aqui, veio do Legislativo: são R$ 4,7 milhões.
Nesta cifra, estão contempladas as chamadas emendas impositivas e, ainda, outras emendas destinadas para outras secretarias, mas que foram remanejadas às demandas da Covid-19.
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EMENDAS
A prefeitura tem, até o momento, assegurados e contabilizados R$ 6,3 milhões (confira, ao lado, a origem do montante). A aplicação do recurso, explica o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, observa as demandas inerentes à saúde, em especial no combate ao novo coronavírus. Ele explica que, recentemente, foram adquiridas quatro ambulâncias para a rede municipal de saúde.
A compra, orçada em R$ 620 mil, foi por meio das emendas impositivas dos parlamentares Deili Silva (PSD), Daniel Diniz (PT), Jorge Trindade (PDT) e pelo então vereador Cezar Gehm (MDB).
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APLICAÇÃO
À medida que os valores são liberados, é iniciado o processo de compra de materiais e, inclusive, de contratação de pessoal. Assim, até o momento, foram compradas centenas de itens, como máscaras, aventais, luvas, álcool, óculos de segurança, protetores faciais e termômetros.
Além disso, a verba foi aplicada na contratação de seis farmacêuticos e de mais de uma dezena de médicos. Os valores, ainda que tenham como prioridade a pandemia, ajudarão a atender a rede municipal de saúde, diz Cortez.
A ideia, explica, é que os valores sejam diluídos em compras e materiais ao observar o próprio comportamento da pandemia ao longo deste ano.