O desenvolvimento econômico foi o tema-chave de um painel entre os candidatos à prefeitura de Santa Maria na noite desta terça-feira. A iniciativa foi capitaneada por sete entidades empresariais, são elas: a Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm), a Associação de Hotéis, Restaurantes, Agências de Viagens e Turismo (Ahturr), a Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL), o Secovi Centro Gaúcho, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Maria, o Sindilojas Região Centro, e, ainda, o Tecnoparque.
O setor produtivo foi, certamente, o mais penalizado com os efeitos da crise sanitária, com reflexos econômicos e sociais, provocados pela Covid-19.
Em Santa Maria, os setores do comércio e dos serviços representam, juntos, por quase 75% da força de trabalho empregada atualmente no município. Além disso, os dois setores representam mais de 80% do PIB do município.
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A pandemia foi tão nociva para Santa Maria que, apenas em abril, um mês após a eclosão da Covid-19 na cidade, a prefeitura teve um forte encoilhimento de receita. Somente em abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019, a arrecadação municipal teve queda de quase 40% em receitas próprias e próximo de 20% em receitas vinculadas.
MEDIDAS
Não basta um sopro de esperança ou falas milagrosas, o 2021 não será, como alguns tentam vender (ingênua ou maldosamente), uma virada de chave. Bem pelo contrário, o próximo ano será o começo de uma retomada da economia. Até porque o cenário estará devidamente colocado: fim do auxílio emergencial e a necessidade de um robusto e sólido plano para ajudar aqueles que já estavam desempregados e que não terão mais a ajuda do governo federal.
Não há como pintar um céu de brigadeiro, nem soluções simplistas e clarividentes. Haverá, infelizmente, recessão, e será um ano de trabalho árduo. O prefeito eleito, a partir de 2021, precisará ter lucidez e saber que discurso e práticas, em se tratando de pandemia, nem sempre habitam os mesmos mundos.