'Precisamos melhorar o dia todo, para depois pensarmos na noite', diz novo secretário de saúde de Santa Maria

Foto: Camila Porto Nascimento (Divulgação)

Na última reunião da Comissão Representativa da Câmara de Vereadores de Santa Maria, durante o recesso, realizada na manhã de ontem, o vereador Francisco Harrisson (MDB), Dr. Francisco, despediu-se do Legislativo para assumir como secretário de Saúde do governo Jorge Pozzobom (PSDB), no lugar da enfermeira Liliane Mello Duarte.

Ao mesmo tempo, o suplente Cezar Gehm (MDB) assumiu a cadeira deixada pelo médico.

Parlamentar de primeiro mandato, o traumatologista e ortopedista deixa a Câmara após dois anos de atuação. No discurso de despedida, ontem, Dr. Francisco agradeceu à Câmara de Vereadores e aos colegas.

- Aprendi muito, errei bastante. Aprendi com os meus erros, com os erros dos outros, aprendi com os acertos dos outros e com os meus acertos - destacou o novo secretário de Saúde, sobre o período de dois anos em que atuou na Câmara de Vereadores.

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Sobre o desafio à frente da Saúde, ele afirmou (leia entrevista abaixo) que está à disposição para trabalhar pelo "possível" e "lutar pelo impossível."

- Estou à disposição para melhorar o atendimento e a sensação de saúde em Santa Maria - finalizou o médico, sendo aplaudido pelos colegas.

Já o parlamentar que assumiu a vaga, prometeu trabalhar pela implantação de políticas públicas para o desenvolvimento do município.

- Pretendo trabalhar bastante pelo desenvolvimento do nosso município, através de políticas públicas, e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida de todos os cidadãos - ressaltou Gehm, que foi vereador por um mandato, de 2013 a 2106.

Atualmente, Gehm trabalhava como cargo de confiança no Instituto de Planejamento (Iplan), no qual era vice-presidente.

O recesso da Câmara se encerra no dia 19 de fevereiro. Já a primeira sessão plenária do ano ocorrerá no dia 21.

QUEM É O NOVO SECRETÁRIO

• Francisco Harrisson de Souza, Dr.Francisco
• 47 anos
• Natural do Rio de Janeiro
• Major da reserva e médico traumatologista

ENTREVISTA

"Precisamos melhorar o dia todo, para depois pensarmos na noite".

Diário de Santa Maria - Quais serão as prioridades da sua gestão na secretaria?

Francisco Harrisson - Vamos estabelecer uma rede entre os municípios da Região Central. Faremos uma linha de identidade para cada hospital e vamos junto ao governo do Estado para garantir serviços. Vamos diminuir a fila de cirurgias, implantar uma rede de assistência na região junto com outros secretários. Queremos melhorar o acesso na atenção básica e dar transparência na fila das cirurgias.

Diário - Como melhorar o atendimento da saúde em Santa Maria?

Francisco - Santa Maria tem a atenção básica em saúde e as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA e PA). Precisamos melhorar o atendimento na atenção básica para que o usuário tenha uma verdadeira noção do que há nela e para que ele diminua a ida para o PA ou UPA. Vamos atender mais facilmente o usuário na parte da manhã e tarde, conforme demanda e com consultas agendadas.

Diário - A prefeitura colocará em prática o projeto de ter um posto de saúde funcionando à noite?

Francisco - A ideia é que sim. Mas, hoje, se a gente colocar os nossos postos e unidades de saúde em um funcionamento de manhã e tarde que seja "real", vai faltar atendimento para a noite. A gente tem alguma dificuldade para pessoas que trabalham ao longo da tarde, que aí sim precisariam do turno da noite. Mas ainda temos uma subutilização do turno da tarde. Precisamos melhorar o dia todo, para depois pensarmos na noite, que seria das 16h às 22h. Mas a noite seria somente para quando a gente realmente tiver o turno da tarde com bastante atendimento.

Diário - Como o senhor vai atuar para garantir o funcionamento integral do Hospital Regional?

Francisco - Através da união dos municípios da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde. Nós temos que unir forças politicamente e democraticamente com a população para pressionar o governo federal. Verba tem, o prefeito (Jorge Pozzobom) já esteve assinalando isso lá em Brasília.

Então, há uma sinalização positiva e nós vamos fazer essa pressão, com os municípios, com os deputados federais e todos os partidos, para que esse dinheiro venha via ministérios para o Estado e que ele canalize para o Hospital Regional funcionar a pleno vapor. Isso é uma urgência para a gente em 2019.