'Em momento algum o governo se omitiu', fala secretário de Saúde em CPI

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos

A Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) da Covid-19 na Câmara de Vereadores ouviu o depoimento, na manhã desta segunda-feira, do secretário municipal da Saúde, Guilherme Ribas. Na oitiva, que durou cerca de quatro horas, o titular da Saúde respondeu a uma série de perguntas relacionadas às ações e possíveis omissões do governo municipal no enfrentamento da pandemia. A comissão, presidida pela vereadora Roberta Leitão (PP), que tem a vice-presidência de Givago Ribeiro (PSDB) e na relatoria de Helen Cabral (PT), desmembrou os processos desde março de 2020, passando por ações executadas, manifestações em redes sociais, decretos feitos e editados, orçamentos e, principalmente, buscou entender "de quem partiu" as decisões relacionadas ao combate ao coronavírus na cidade. 

Ribas não deixou de responder as respostas, afirmou que o governo municipal nunca foi omisso e realizou todas as ações necessárias, baseado em dados técnicos, para frear a pandemia no município. Algumas perguntas, o secretário até não sabia na ponta da língua, mas pediu para que fossem requeridas junto à secretaria para um melhor detalhamento:

_ Reforço que em momento algum o governo se omitiu. Sempre tomamos as medidas possíveis e fizemos ações para combater o coronavírus no município.

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Mais incisivas nas perguntas, as oposicionistas ao governo municipal Helen e Roberta, nas inquirições, perguntaram sobre números de testes no município; como o governo aplicou recursos neste período; desde quando começou a recomendação e obrigação para o uso de máscaras no município; a falta de profissionais em unidades de pronto-atendimento; dados do boletim epidemiológico; aplicação de vacinas, bem como o número de imunizados; controle de contratos e convênios; entre outros assuntos.

Ao governista Givago Ribeiro, coube reforçar, a partir das suas perguntas, o trabalho executado pela administração, como as estratégias adotadas; as logísticas de aplicação de vacinas e parcerias; e os cronogramas atrasados devido à demora do repasse de vacinas por parte do governo federal.

PLANEJAMENTO

A comissão buscou entender de quem partia as decisões do enfrentamento à Covid na cidade. Por isso, solicitou todas as atas do Comitê Estratégico de Acompanhamento do Covid, responsável por guiar o enfrentamento do coronavírus no município. Ribas reforçou que as decisões eram compartilhadas entre as pastas, no que competia a cada uma, e que as informações requeridas serão disponibilizadas.

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A relatora quis saber se houve falta de comunicação e planejamento já que, nas últimas semanas, sobraram doses. Conforme o secretário, o município tem feito as ações baseado no critério do Plano Nacional de Imunização, e está avançando conforme disponibilização de doses. Quando questionado se o ritmo da vacinação estava lento, o titular da Saúde discordou, disse que o município aplicou quase 90 mil vacinas (primeira dose) e tem feito ações semanais para vacinar o público-alvo.

A participação de Ribas foi a primeira audiência de oitiva realizada pela Comissão da Covid-19. Outros 11 integrantes e ex-integrantes do governo devem ser chamados.