Perícia não descarta nenhuma hipótese sobre as causas de incêndio no Colégio Marista Santa Maria

Perícia não descarta nenhuma hipótese sobre as causas de incêndio no Colégio Marista Santa Maria

Foto: Vinicius Becker

Uma nova e mais detalhada perícia foi realizada nesta segunda-feira (29) no prédio do Colégio Marista Santa Maria, atingido por um incêndio de grandes proporções na noite de sexta-feira (26). O trabalho contou com uma equipe especializada do Instituto-Geral de Perícias (IGP), vinda de Porto Alegre, com foco específico em ocorrências envolvendo incêndios. Segundo a Polícia Civil, o objetivo da ação foi esclarecer pontos técnicos que ainda geram dúvidas e reunir elementos para a elaboração do laudo definitivo. Até o momento, nenhuma hipótese sobre a origem do fogo foi descartada.

  

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Em entrevista à imprensa após o encerramento dos trabalhos, o delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, explicou que a perícia desta segunda-feira teve caráter aprofundado e complementou a análise inicial realizada no sábado. Conforme ele, os peritos avaliaram diferentes aspectos da edificação, como a estrutura do prédio, o sistema elétrico e a composição dos materiais que integram a construção.


Durante a vistoria, foram feitos registros fotográficos e em vídeo, além da coleta de informações junto à direção da escola. Todo esse material servirá de base para subsidiar a elaboração do laudo técnico, considerado fundamental para o avanço da investigação. De acordo com o delegado, diversos peritos atuaram de forma concomitante no local, cada um dentro de sua área de especialização.


Após a etapa de campo, os profissionais do IGP irão se reunir para discutir os achados, cruzar as informações obtidas nas duas perícias e, a partir disso, construir o laudo definitivo que apontará as conclusões técnicas sobre o incêndio.


Nenhuma hipótese descartada

Questionado sobre a possibilidade de já existir algum indicativo concreto sobre a causa do incêndio, Meinerz reforçou que qualquer afirmação neste momento seria prematura. Segundo ele, todas as hipóteses seguem em análise, desde um possível acidente até a ocorrência de um incêndio criminoso.


– Por enquanto, tudo é prematuro, nós não podemos dizer nada. Temos que analisar todas as hipóteses possíveis, não sabemos dizer exatamente o que pode ter gerado essa questão. Nós vamos analisar todas as hipóteses, se é um incêndio criminoso, se foi um acidente, se é um curto-circuito, se algo pode ter acontecido ali, se alguém esqueceu alguma coisa ligada, tudo precisa ser analisado. Havia uma obra, havia pessoas trabalhando no local, então precisamos olhar e ouvir todas as pessoas e depois, com base na perícia, vamos chegar a nossa conclusão.


De acordo com a Polícia Civil, o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) do colégio está em dia. A regularidade já foi verificada pelo Corpo de Bombeiros, e a documentação foi apresentada tanto à polícia quanto à perícia. A investigação também já conta com a planta da estrutura do prédio.


Próximos passos

Nos próximos passos, serão analisados outros elementos, como o funcionamento do elevador e a atuação dos prestadores de serviço que realizavam a pintura no local. A Polícia Civil pretende ouvir todas as pessoas envolvidas e cruzar os depoimentos com os dados técnicos levantados pelos peritos. Somente após a conclusão do laudo pericial será possível avançar para uma definição sobre a causa do incêndio.


Relembre o incêndio e a apuração policial

O incêndio de grandes proporções atingiu o Colégio Marista Santa Maria na noite de sexta-feira (26), provocando danos significativos à estrutura do prédio e exigindo a atuação de diversas equipes de emergência. Ainda na noite do sinistro, a Polícia Civil iniciou as primeiras providências, com o registro da ocorrência durante a madrugada e a solicitação de informações técnicas aos gestores da instituição.


Desde então, a investigação reúne imagens, documentos e depoimentos com o objetivo de reconstruir a dinâmica do início do fogo. Conforme a Polícia Civil, a apuração busca esclarecer se o incêndio foi resultado de falha humana, ação dolosa ou algum evento de força maior, sempre com base nos elementos técnicos e periciais que estão sendo produzidos.

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