Foto: Rafael Menezes (Diário)
A Polícia Federal (PF) encaminhou ao Ministério Público (MP) o inquérito da Operação Maturin, deflagrada em 3 de agosto. A partir de agora, o MP tem prazo de 10 dias para encaminhar a denúncia ou pedir nova diligências. De acordo com a PF, 22 pessoas foram indiciadas por crimes como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ainda há dois suspeitos foragidos.
Cerca de 20 envolvidos na organização criminosa, que usava distribuidoras de bebidas e até um mercado para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, foram presos na operação, em agosto. O líder do grupo seria um jovem de 24 anos, que está preso. Dois novos suspeitos foram incluídos no inquérito policial, com participações consideradas menores, mas que ajudariam no funcionamento da organização.
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As acusações são de associação ao tráfico, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro permanecem. Pelo menos 20 pessoas seriam indiciadas por associação para o tráfico.
A Justiça Federal concedeu liberdade a cinco pessoas, a pedido de seus advogados. Outros cinco pedidos de habeas corpus foram negados e três não contestaram a prisão.
Há um pedido de prisão preventiva que está pendente, pois o suspeito não foi encontrado, sendo considerado foragido. Os suspeitos estão presos em Santa Maria, Arroio dos Ratos e em Santa Catarina.
Indisponibilidade dos bens
A Polícia Federal deu início, agora, a outra investigação com foco na alienação antecipada dos bens dos suspeitos de integrar a organização criminosa. A ação foi autorizada pela Justiça.
O pedido será encaminhado à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Aditivos (Senad) para realizar a verificação dos bens. De acordo com a PF, trata-se de uma medida cautelar para que o valor desses bens fique resguardado até o julgamento do caso.
Os estabelecimentos comerciais, sendo distribuidoras de bebidas e um mercado, seguem fechados.
Relembre a Operação
A Operação Maturin foi deflagrada pela Polícia Federal em 3 de agosto, em Santa Maria e em cidades da região e de fora do Estado. O objetivo da ação foi desarticular uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Em Santa Maria, a organização utilizaria quatro empresas de fachada – três distribuidoras de bebidas e um supermercado – para lavagem de dinheiro obtido com a venda de drogas. Durante as buscas, não foram encontradas drogas nesses locais. As mercadorias foram apreendidas e os estabelecimentos fechados durante a operação.
O somatório dos bens apreendidos ultrapassa R$ 2,5 milhões. Entre eles, está um automóvel Porsche, avaliado em R$ 300 mil.
Já o tráfico de drogas era realizado por meio de mensagens, no qual um "cardápio diverso de opções" era divulgado e a compra deveria ser feita via Pix. A mercadoria era entregue em diferentes bairros da cidade. O jovem que seria líder da organização é natural de Santa Maria.
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