Foto: Rafael Menezes
A Operação Maturin, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Santa Maria e em cidades da região e de Santa Catarina, prendeu 15 pessoas envolvidas com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, na quinta-feira (3). Entre os suspeitos, estão cinco membros da família do jovem que seria o líder do grupo.
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O advogado Flavico Barreiro representaria a defesa de seis suspeitos presos. Entre os seus clientes, estaria o jovem de 24 anos, apontado como líder da organização criminosa, e outros quatro familiares: seu pai, sua mãe, um tio e uma tia. Não se tem informações sobre quem seria a sexta pessoa. Na tarde desta sexta-feira (4), foi realizada a audiência de custódia. O juiz decidiu por manter os suspeitos presos.
– Nessa audiência, não foi flexibilizado o pedido de liberdade provisória de nenhum dos envolvidos. Agora, é hora de entrar com o pedido de revogação do pedido de prisão preventiva e tentaremos justificar por quais motivos é possível que eles respondam em liberdade – afirma o advogado.
Segundo Barreiro, o magistrado responsável pelo processo não concluiu todo o processo de investigação, o que inclui unir todas as peças processuais para confirmar por quais crimes cada membro será acusado. Mais detalhes "correm em segredo de justiça":
– Por enquanto, não sei ainda sobre quais crimes meus clientes respondem. No momento que for autorizada a visualização de todos os autos do processo, aí sim terei as informações e vou saber como agir a partir disto.
Os homens presos foram encaminhados para a Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm), enquanto as mulheres estão no Presídio Regional de Santa Maria.
Relembre o caso
A Operação Maturin foi deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (3) em Santa Maria, cidades da região e fora do Estado. O objetivo da ação foi desarticular uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Em Santa Maria, a organização utilizaria quatro empresas de fachada – três distribuidoras de bebidas e um supermercado –, para lavagem de dinheiro. Durante as buscas, não foram encontradas drogas nesses locais. As mercadorias foram apreendidas e os estabelecimentos fechados durante a operação.
O somatório dos bens apreendidos ultrapassa R$ 2,5 milhões. Entre eles, está um automóvel Porsche, avaliado em R$ 300 mil.
Já o tráfico de drogas era realizado por meio de mensagens, no qual um "cardápio diverso de opções" era divulgado e a compra deveria ser feita via Pix e a mercadoria era entregue em diferentes bairros da cidade.
O jovem que seria líder da organização é natural de Santa Maria. Ao total, 15 pessoas foram presas na cidade em decorrência desta operação.
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