Fotos: Gilberto Ferreira (Diário)
Quem passou pela Avenida Roraima, em direção à entrada da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Bairro Camobi, na manhã desta quarta-feira (3), aguardou mais que o habitual. O trânsito foi interrompido pelos manifestantes da Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm), em conjunto com outras entidades sindicais. Cerca de 72 servidores participaram da mobilização que marca o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação.
O ato iniciou por volta das 7h e terminou às 9h. Os manifestantes bloquearam o trânsito por 1 minuto e liberaram por 3. A Polícia Rodoviária Federal auxiliou o trânsito no local. Ambulâncias e ônibus que traziam alunos de fora de Santa Maria foram liberados. Pacientes do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), também.
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Para auxílio, no entorno da Roraima estava um Batalhão da Brigada Militar. As entradas secundárias da instituição não tiveram interferência.
Reivindicações
Conforme a Sedufsm, a bancada sindical sinaliza sua indignação com a falta de avanços a se tratar de reajustes salariais. Em função da proposta do Governo Federal de reajuste de 0% para o ano de 2024, e 9% parcelados em 2025 (4,5%) e 2026 (4,5%).
O presidente da Sedufsm, Ascisio Pereira, explica a situação deste ano com a reposição salarial já acumulada:
– Estamos lutando nas negociações do Governo para que não tenhamos a perda de 2024, e consequentemente, não acumule com as do passado.
Técnico-administrativos da UFSM já estão em greve
Os servidores técnico-administrativos da UFSM estão em greve desde a metade de março. Em todo o país, mais de 50 instituições federais já iniciaram paralisações e demandam reajuste salarial de 10,34% em 2024 e nos dois anos seguintes.
Outras datas
Além disso, o dia 15 de abril foi indicado como um possível dia de greve para os professores, organizados no Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
O calendário abaixo foi debatido na assembleia geral realizada em março, em Santa Maria, e em reuniões da Andes-SN e do Fonasefe. Confira a mobilização:
Calendário
- 8 de abril – Categoria deve se reunir para discutir uma possível Greve Geral
- Até 9 de abril – Rodada de assembleias nas seções sindicais do Andes-SN
- 10 de abril – Reunião do setor das Ifes
- 15 de abril – Indicativo de deflagração de greve da base do Andes-SN
- 16 a 18 de abril – Jornada de lutas do Fonasefe, com atividades em Brasília, que inclui audiência pública na Câmara Federal (dia 16), caravana e marcha em Brasília dos servidores (17) e atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação (18)
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