A greve dos técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) completa cinco dias nesta segunda-feira (18). Em todo o país, mais de 50 instituições federais já iniciaram paralisações e demandam reajuste salarial de 10,34% em 2024 e nos dois anos seguintes. A última proposta do governo era de 9%, pagos em duas parcelas, em 2025 e 2026. Apesar da movimentação da categoria, até o momento não houve novas negociações com o governo.
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Na manhã desta segunda-feira (18), a Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm) reuniu os técnico-administrativos em educação para tirar dúvidas e ampliar o debate em torno da paralisação. Na oportunidade, também foi definido um calendário de mobilização. Dentre as próximas ações, estão:
- Assembleia no lonão de greve – instalado em frente ao Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), na terça-feira (19), às 9h
- Mobilização na audiência pública do PGD, no Centro de Convenções, na quarta-feira (20)
- Assembleia, na quinta-feira (21) à tarde, com local a definir
- Mobilização na reitoria, no dia do Conselho Universitário, na sexta-feira (22), às 8h
- Visita ao campus de Cachoeira do Sul, na segunda-feira (25)
- Visita aos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, nos dias 26 e 27 de março
Os serviços
Na UFSM, a maioria das bibliotecas estão fechadas. Já os serviços essenciais, como Hospital Universitário (Husm) e Restaurante Universitário (RU), estão funcionando com, no mínimo, 30% da equipe, de acordo com índice estabelecido por lei. Na última semana, a reitoria se manifestou sobre a greve e elencou as atividades que devem ser mantidas com esse percentual mínimo:
- Tratamento e abastecimento de água
- Produção e distribuição de energia elétrica
- Serviço de segurança patrimonial e comunitária
- Manejo agropecuário e tratos culturais de plantas
- Assistência médica e hospitalar
- Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos
- Captação e tratamento de esgoto e lixo
- Telecomunicações
- Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares
- Processamento de dados ligados a serviços essenciais
- Atividades médico-periciais
A reitoria da UFSM ainda informou que reconhece “o direito constitucional de greve como um legítimo instrumento de manifestação dos trabalhadores” e que a “essência da greve, assim como o direito dos servidores em adotá-la coletivamente não são objetos de questionamento por parte da reitoria da UFSM”.
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*Com informações da Assufsm e da UFSM