Santa Maria passa a ter área oficial de proteção para pesquisa paleontológica

A partir desta quarta-feira, o sítio paleontológico Sanga da Alemoa passa a se chamar Monumento Natural Paleontológico Sanga da Alemoa (MONAlemoa), tornando-se, oficialmente, uma unidade de conservação ambiental. Agora, além da pesquisa paleontológica, o local passa a ter potencial turístico, com implementação e administração da secretaria de Meio Ambiente.

Conforme o texto da lei, sancionada nesta quarta-feira (30) foram impostos limites e providências ao sítio paleontológico, à proteção dos fósseis, à conservação das características geológicas e o desenvolvimento do turismo paleontológico e ecológico do município. 

O MONAlemoa

Foto: Ariéli Ziegler (PMSM)

O sítio paleontológico Sanga da Alemoa fica localizado na área urbana da cidade, no Bairro Km 3, às margens da rodovia RS-509. O local tem área de 21,5 hectares, e pertence à formação Costureira e Formação Santa Maria.

No local, já foram encontradas pelo menos nove espécies diferentes de fósseis, que somam centenas de coletas no sítio, incluindo dinossauros cinodontes. Ao menos três das espécies mais antigas do mundo, datadas de 233 milhões de anos, como Nhandumirim waldsangae, Saturnalia tupiniquim e o Staurikosaurus pricei.

Potencial turístico

A partir de agora, o MONAlemoa passa a ser instrumento para políticas de proteção e de uso público, em trabalho conjunto com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Serão viabilizadas a criação de museus, praças públicas ou demais formas de manejo do patrimônio existente. Ambas constarão em um Plano de Manejo, a ser elaborado em até cinco anos, que regulamentará a utilização da área.