A 43ª Reunião de Pesquisa da Soja da Região Sul está sendo realizada desde terça-feira e ocorre até quinta-feira (01) no Centro de Ciências Rurais, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com 260 participantes. O evento, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Emater/RS, em parceria com o grupo de pesquisa em manejos sustentável em grandes culturas da UFSM e apoio da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e da Universidade Regional do Noroeste (Unijuí), estava programado para 2020, mas foi adiado em função da pandemia.
O encontro conta com mais de 20 palestrantes de diversas instituições de ensino do Brasil, representando 70 instituições de pesquisas públicas e privadas. A programação é voltada a discussões acadêmicas e ao desenvolvimento tecnológico da cultura da soja.
– Infelizmente, a pandemia chegou e nos atrapalhou nesses dois anos. A expectativa era muito grande. Estávamos precisando reeditar o livro das indicações técnicas, com nossas pesquisas de ponta ao alcance da comunidade acadêmica e dos produtores rurais. Finalmente, foi possível. Agora, o pessoal está aproveitando o evento. Está sendo maravilhoso, com palestrantes de grande renome e prestígio, que estão trazendo trabalhos e pesquisas acumulados nos últimos quatro anos – afirma Thomas Newton Martin, presidente da 43ª edição do evento.
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O objetivo do encontro é promover o intercâmbio entre conhecimentos teóricos e práticos, tanto de estudantes e pesquisadores, quanto dos agricultores que atuam na cadeia de produção da soja.
– Só o produtor pode nos dizer realmente o grau e o nível do problema a ser enfrentado. Os produtos desenvolvidos nas empresas privadas são com base nas pesquisas geradas nas universidades e institutos de pesquisa, que conseguem chegar o mais rápido possível à lavoura, com assistência e um produto final de qualidade – explica Martin.
Três livros serão lançados referentes ao encontro realizado na UFSM. Um já está disponível para aquisição durante o evento, com o título “Tecnologias aplicadas para o manejo rentável e eficiente da cultura da soja”. Os outros dois serão produzidos reunindo os destaques das apresentações e discussões do evento.
Clima
Segundo informações da MetSul, geradora de conteúdo de informação meteorológica do Conesul, o fenômeno ‘La Niña”, que causa resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, afeta o clima e, por consequência, a agricultura, deve prosseguir até o fim do ano.
O tema foi abordado na edição da reunião do estudo da soja. Apesar da expectativa do fenômeno climático causar apreensão entre os produtores, o pesquisador da Embrapa, Gilberto Cunha, afirma que isso não deve gerar pânico para quem pretende investir na cultura nos próximos meses.
– O fundamental é fazer uma gestão adequada de risco. Essa gestão passa por todo um processo de construção de um perfil de solo adequado, pela diluição de riscos que deve ser feita e a diversificação das épocas de cultura. Não há porque se ter pressa em semear toda a cultura no momento inicial. A diluição da época de semeadura, posicionando os ciclos de produtividade, tende a reduzir riscos – conclui Cunha.
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